DA REPORTAGEM LOCAL

A recomendação do Ministério Público de São Paulo para que cada desfile da SPFW escalasse um mínimo de 10% de modelos negros e indígenas resultou em um aumento no número de afrodescendentes nesta edição do evento.
Durante os seis dias da SPFW, que apresentou 40 coleções para a primavera-verão 2009/10, os modelos negros foram escalados 148 vezes para desfiles, e os não-negros, 1.001.
São 12,8% de participações de modelos negros, contra 5,9% de participações da edição anterior, de janeiro, quando os negros participaram 65 vezes, e os brancos, 1.040.
A assessoria de imprensa da SPFW diz que ainda não realizou uma contagem, mas que, no prazo de um mês a partir de hoje vai enviar à Procuradoria relatório das agências de modelos e das marcas participantes. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério, que exige o relatório, vale por dois anos.
A associação franciscana Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes), que realizou manifestação na SPFW, diz que a organização do evento e os estilistas "estão de parabéns". "A organização demonstrou sensibilidade com o povo afrobrasileiro", diz o diretor da Educafro, frei David. (GF)


Texto Anterior: Ex-modelo negra aquece discussão sobre diversidade racial
Próximo Texto: Venda do Speedy só será suspensa hoje
Índice