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VIOLÊNCIA
Se o texto for aprovado, o porte ficará proibido
Senado vota hoje projeto de lei que cria restrições à posse de armas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O plenário do Senado vota hoje
projeto de lei que proíbe o porte
de armas de fogo, restringe a posse e propõe levar a um referendo
popular, em outubro de 2005, a
decisão de suspender a comercialização em todo o país.
A tendência é de aprovação,
pois o texto que irá a votação resultou de negociação em comissão de cinco deputados e cinco senadores criada para apreciar o assunto durante a convocação extraordinária do Congresso.
A comissão condensou, sob relatoria do deputado Luiz Eduardo
Greenhalgh (PT-SP), 77 projetos
relacionados ao tema em tramitação na Câmara e no Senado, com
ênfase em um substitutivo do senador Cesar Borges (PFL-BA).
Ontem, líderes ouvidos pela Folha davam como certa a aprovação. "Estamos seguros disso, já
que na comissão [especial] o projeto teve unanimidade", afirmou
o líder do governo no Senado,
Aloizio Mercadante (PT-SP).
Pelo novo projeto, a compra será autorizada pelo Sinarm (Sistema Nacional de Armas) mediante
comprovação de antecedentes de
idoneidade e outros itens, como
capacitação psicológica.
Contrário às restrições ao porte,
mas também apostando na aprovação, o líder do PDT no Senado,
Jefferson Péres (AM), questionou:
"Como é que uma nação desarmada vai se proteger?".
O porte fica restrito a integrantes das Forças Armadas, polícias,
guardas municipais de capitais e
cidades com mais de 1 milhão de
habitantes, membros da Abin
(Agência Brasileira de Inteligência), guardas penitenciários, empresas de segurança e entidades
de desporto.
(ANDRÉA MICHAEL)
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