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Advogados querem mudança no código
da Reportagem Local
Advogados ligados a movimentos negros querem a inclusão no
Código Penal Brasileiro de agravante para todos os crimes que forem comprovados ter sido cometidos por motivo de discriminação
ou de preconceito racial.
O advogado do Ceert (Centro de
Estudos das Relações do Trabalho
e Desigualdades), Hédio Silva Jr.,
disse que na próxima quinta-feira
ele e um grupo de advogados ligados ao movimento negro têm reunião com o ministro da Justiça,
Renan Calheiros.
No encontro, os advogados
apresentarão proposta de emenda
ao anteprojeto do novo Código
Penal Brasileiro.
A principal proposição é a inclusão, no artigo 61, da agravante por
motivo racista. Ou seja, qualquer
crime que, em cuja apuração, o
Ministério Público conseguir provar que o delito foi cometido por
razão de discriminação, a pena deve ser aumentada.
O artigo 61 enumera as circunstâncias que "sempre agravam a
pena, quando não constituem ou
qualificam o crime".
Entre essas circunstâncias, os
advogados querem incluir a letra
"m": "por motivo de discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, sexo, orientação sexual, religião, porte de deficiência, procedência nacional ou naturalidade".
A mesma agravante, de acordo
com a proposta dos advogados,
valeria para o Código Penal Militar
-incluída no artigo 70.
Segundo Silva Jr., na proposta
inicial do anteprojeto, apenas o
crime de homicídio pode ser qualificado pela raça.
(AL)
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