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São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2003

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OUTRO LADO

"Não teve dinheiro novo"

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Barradas Barata, diz que dos R$ 5,5 milhões a mais repassados pela União a partir de julho, R$ 3,7 milhões tiveram de ser destinados aos hospitais gerenciados pela Prefeitura de São Paulo. Outros R$ 800 mil, a dois hospitais estaduais que não recebiam ainda dinheiro da União. O resto foi usado para a contratação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O suplemento foi concedido após o Estado assumir a gestão plena do sistema de saúde de São Paulo.
"Não teve dinheiro novo [para distribuir aos universitários]", diz Barata. Outros R$ 2 milhões foram repassados pelo ministério para reajuste das consultas de especialidades médicas (cardiologia, por exemplo). Barata diz que, como o dinheiro era para um reajuste, não pode ser computado como ampliação de teto, do número de atendimentos.
Segundo Barata, de cada R$ 1 colocado nos universitários, apenas um quarto é bancado pela União. Até o ano passado o "estouro" do teto hospitalar do Estado era de R$ 10 milhões mensais. Era o montante a mais que o Estado produzia na área, além do que era pago pelo governo federal (R$ 220 milhões mensais). Caiu para cerca de R$ 5 milhões com os recursos a mais passados.
Segundo Barata, os aumentos recentes do ministério foram para procedimentos de menos de R$ 300, o que beneficia menos os universitários (que fazem serviços mais caros).
O secretário de Atenção à Saúde do ministério, Jorge Solla, afirma que o Estado de São Paulo foi beneficiado por uma série de reajustes concedidos pela pasta. Cabe ao Estado distribuir adequadamente o dinheiro. "Eles tiveram no mínimo três grandes aumentos". De acordo com a pasta, só nos procedimentos de média e alta complexidade executados por hospitais São Paulo teve um reajuste de 9,7% do ano passado até agora.


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