São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 2000

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Veículos tiveram 2 outros acidentes em 87 anos

DA SUCURSAL DO RIO

Há quase 88 anos (que serão completados na sexta-feira), os bondinhos que fazem a ligação entre a praia Vermelha e os morros da Urca e Pão de Açúcar fazem parte do cenário da cidade do Rio de Janeiro.
Nos primeiros 60 anos -da inauguração, em 1912, até a grande reforma feita em 1972-, o transporte era feito por bondes de madeira pintada de amarelo, com capacidade para transportar 23 passageiros de cada vez.
Eles foram, então, substituídos pelos bondinhos atuais, com laterais transparentes e capacidade para transportar 75 passageiros.
Saindo da praia Vermelha, o bondinho percorre 1.325 metros, sustentado por cabos de aço - 575 m até o morro da Urca e mais 750 m de lá até o Pão de Açúcar.
Poucos acidentes foram registrados desde sua inauguração -e todos sem vítimas. O primeiro aconteceu em 1951, quando houve o rompimento de um dos cabos de sustentação. O segundo, em 1966, foi semelhante ao de ontem: houve o rompimento do cabo de tração.
Em 1989, o transporte de passageiros foi paralisado por quase 15 horas, por causa do mau tempo. Cerca de 200 turistas, que estavam no Pão de Açúcar, ficaram presos do meio-dia às 3h, esperando que os ventos de até 70 km/h por hora parassem, para que os bondinhos pudessem voltar a funcionar.

História
A história dos bondinhos do Pão de Açúcar começa em 1908, quando o engenheiro Augusto Ferreira Ramos teve a idéia de construir um teleférico levando ao alto do Pão de Açúcar.
O projeto inicial de Ramos previa a construção de três linhas -além das duas existentes, uma terceira que ligaria o morro da Urca ao morro da Babilônia, que acabou não sendo construída.
Para executar a obra, o engenheiro fundou a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, que há um ano briga na Justiça com a Prefeitura do Rio de Janeiro por causa da renovação do contrato de concessão.
O contrato que permitia a exploração pela Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar expirou em maio do ano passado.
A prefeitura decidiu então fazer uma nova licitação, mas a empresa entrou na Justiça, alegando que a concessão é de âmbito federal, e não municipal. Quando a primeira concessão foi realizada, no início do século, o Rio era a capital do país.


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