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Veículos tiveram 2 outros acidentes em 87 anos
DA SUCURSAL DO RIO
Há quase 88 anos (que serão
completados na sexta-feira), os
bondinhos que fazem a ligação
entre a praia Vermelha e os morros da Urca e Pão de Açúcar fazem parte do cenário da cidade do
Rio de Janeiro.
Nos primeiros 60 anos -da
inauguração, em 1912, até a grande reforma feita em 1972-, o
transporte era feito por bondes de
madeira pintada de amarelo, com
capacidade para transportar 23
passageiros de cada vez.
Eles foram, então, substituídos
pelos bondinhos atuais, com laterais transparentes e capacidade
para transportar 75 passageiros.
Saindo da praia Vermelha, o
bondinho percorre 1.325 metros,
sustentado por cabos de aço -
575 m até o morro da Urca e mais
750 m de lá até o Pão de Açúcar.
Poucos acidentes foram registrados desde sua inauguração -e
todos sem vítimas. O primeiro
aconteceu em 1951, quando houve o rompimento de um dos cabos de sustentação. O segundo,
em 1966, foi semelhante ao de ontem: houve o rompimento do cabo de tração.
Em 1989, o transporte de passageiros foi paralisado por quase 15
horas, por causa do mau tempo.
Cerca de 200 turistas, que estavam
no Pão de Açúcar, ficaram presos
do meio-dia às 3h, esperando que
os ventos de até 70 km/h por hora
parassem, para que os bondinhos
pudessem voltar a funcionar.
História
A história dos bondinhos do
Pão de Açúcar começa em 1908,
quando o engenheiro Augusto
Ferreira Ramos teve a idéia de
construir um teleférico levando
ao alto do Pão de Açúcar.
O projeto inicial de Ramos previa a construção de três linhas
-além das duas existentes, uma
terceira que ligaria o morro da
Urca ao morro da Babilônia, que
acabou não sendo construída.
Para executar a obra, o engenheiro fundou a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, que
há um ano briga na Justiça com a
Prefeitura do Rio de Janeiro por
causa da renovação do contrato
de concessão.
O contrato que permitia a exploração pela Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar expirou
em maio do ano passado.
A prefeitura decidiu então fazer
uma nova licitação, mas a empresa entrou na Justiça, alegando que
a concessão é de âmbito federal, e
não municipal. Quando a primeira concessão foi realizada, no início do século, o Rio era a capital
do país.
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