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Aluno de escola particular lucra mais que camelô
DA REPORTAGEM LOCAL
Rafael Cardoso, 15, cursa o
ensino médio numa escola
particular na avenida Paulista. Para ir à aula de inglês, ao
teatro ou cinema, em geral
usa o bilhete único. Como o
camelô Fabrício Oliveira faz
para ir ao centro trabalhar.
Mas a avaliação deles sobre o sistema difere. Se Cardoso economiza tempo e dinheiro, Oliveira gasta o mesmo valor. "Continuo pagando passagem integral, não
poupo nada. Mas chego em
casa mais rápido, posso pegar mais de um ônibus."
Já o também camelô Jorge
Luis da Silva economiza.
"Gastava R$ 3,40 para vir.
Agora é a metade e é mais rápido. Claro que melhorou."
O estudante Cardoso, que
paga 50% da tarifa, viu os benefícios crescerem. "Não sei
quanto, mas gasto menos.
Vou e volto do inglês com
uma passagem." Ele disse
que usa mais ônibus agora.
Estudantes como Cardoso
usam o serviço para programas culturais no fim de semana. "Uso o bilhete para ir
ao centro e à Paulista", diz
Fábio Cacossi, 21, sobre os
cinemas que freqüenta.
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