São Paulo, sexta, 23 de outubro de 1998

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São Paulo pode ter o primeiro caso de leishmaniose visceral

EDMILSON ZANETTI
em São José do Rio Preto

Exame feito pelo Instituto Adolfo Lutz de São Paulo acusou o que pode ser o primeiro caso de leishmaniose visceral em humano no Estado. A confirmação depende de exames que estão sendo feitos pela Universidade de São Paulo.
A leishmaniose visceral é fatal na maioria dos casos, por atacar vísceras e órgãos internos. A doença é transmitida pelo mosquito Lutzomyia longipalpis. A pessoa suspeita de ter a doença mora em Araçatuba (532 km de SP), onde foram confirmados 61 casos da doença em cães, de um grupo de 428 examinados desde setembro.
Foram feitos ainda exames sorológicos em 60 pessoas de áreas que apresentam focos do mosquito transmissor ou cães doentes. Só um caso teve reação positiva.
Segundo a diretora da Divisão de Zoonose da Secretaria da Saúde de São Paulo, Giselda Katz, 38, o parasita da leishmaniose visceral é da mesma família do da leishmaniose cutânea -forma menos grave- e da doença de Chagas.
Por isso o cuidado com um exame específico antes da confirmação oficial. Não há prazo definido para divulgar o resultado.
Segundo a diretora do Serviço de Vigilância Epidemiológica da DIR (Direção Regional de Saúde), Lucelena Ramos Monteiro de Araújo, 39, a pessoa investigada mora numa casa que teve o cão doente, numa área com focos do mosquito, o que aumenta a possibilidade de confirmação da doença.
A saúde não revela nem o sexo do paciente. Ele não desenvolveu a doença na forma clássica por ter anticorpos, mas está debilitado.
Os principais sintomas da leishmaniose visceral são picos irregulares de febre, perda de peso, anemia, aumento do fígado e do baço e debilidade progressiva. Segundo a Fundação Nacional da Saúde, 17 Estados apresentam a doença.



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