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Distribuidora interditada tenta vender estoque de remédios
RANIER BRAGON
em Belo Horizonte
A Ação Distribuidora de Medicamentos está tentando vender
seu estoque de medicamentos,
mesmo estando interditada pela
Vigilância Sanitária desde 13 de julho e com o alvará de funcionamento cassado.
No início da noite de anteontem,
policiais civis de Belo Horizonte
apreenderam na sede da Ação um
caminhão com cerca de três toneladas de medicamentos.
O carregamento seria entregue à
Distribuidora de Medicamentos
Multimport, em Recife (PE).
Um funcionário da Ação, Pedro
Paulo Almeida Menezes, disse em
depoimento que mais dois carregamentos foram despachados anteontem. A empresa havia conseguido na Justiça autorização, no
dia 15, para devolver mercadorias
adquiridas e que não foram pagas
a fornecedores e para vender remédios para pagar funcionários e
fornecedores. A promotora Shirley Fenzi Bertão recorreu.
Na terça, o mesmo juiz que concedeu a autorização, Sérgio Abdala, reconsiderou e revogou o direito de a Ação vender remédios.
A Delegacia de Ordem Econômica da Polícia Civil de Belo Horizonte abriu inquérito e deve indiciar a Ação por desobediência a
decisão judicial.
Entre os medicamentos apreendidos, estava o Androcur. A Ação é
a responsável pela venda do Androcur falso, lote 351, a hospitais.
O dono da Ação, José Celso Machado de Castro, 37, aguarda preso a decisão da Justiça sobre o caso
do Androcur falso. A diretora da
Multimport, Carla Albuquerque,
disse que fechou o negócio com o
advogado da Ação, Renan Kfuri
Lopes, depois da apresentação da
autorização. Kfuri disse que só foi
intimado pelo juiz e ficou sabendo
da revogação do deferimento anteontem. Ele disse que recorrerá à
Justiça.
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