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Febem tem perigo iminente
da Reportagem Local
A situação dos 2.200 adolescentes detidos nas unidades da
Febem (Fundação Estadual do
Bem-Estar do Menor) de São
Paulo é dramática e torna iminente a possibilidade de rebeliões e fugas no final do ano.
A denúncia é feita pelo padre
Julio Lancelotti, vigário episcopal do povo da rua, que visitou
ontem, acompanhado por 16 advogados da subcomissão de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente, da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), duas
unidades da Febem.
Os internos não terão direito
ao indulto natalino.
"A situação é dramática e deve
se agravar no final do ano, pois
os adolescentes querem passar o
Natal livres e não em uma cadeia
superlotada", disse.
Segundo ele, a internação na
Febem, por lei, deve ser no máximo de 45 dias. "Alguns estão
há oito meses detidos", disse.
O diretor técnico da Febem,
Marcelo Cury, disse que a fundação não tem estrutura suficiente
para atender o número de internos. Segundo ele, as famílias poderão visitar os filhos durante o
período de festas.
"Entendemos que esse é um
período de muita ansiedade para
os internos. Em algumas unidades faremos festas natalinas e,
em todo o sistema, a segurança
será reforçada", afirmou.
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