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Doença crônica ganha genérico
DANIELA NAHASS
free-lance para a Folha
O Ministério da Saúde anunciou na noite de ontem a aprovação de mais três remédios genéricos de três laboratórios diferentes. Pela primeira vez será colocado no mercado um genérico para
doenças crônicas, isto é, um medicamento que precisa ser tomado diariamente.
Com esses três novos remédios,
sobe para 13 o número de genéricos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no
mercado brasileiro. Até agora, o
preço dos remédios genéricos colocados no mercado têm sido cerca de 40% mais baratos do que os
produtos originais.
Os brasileiros que sofrem de hipertensão terão à disposição o
maleato de enalapril, em comprimidos de 5, 10 ou 20 mg que serão
vendidos com preços mais baratos do que o produto original, conhecido como Renitec.
A Folha ligou para o laboratório
Glicolabor Indústria Farmacêutica Ltda. na noite de ontem, no horário que o Ministério da Saúde
divulgou a liberação, para saber o
preço do genérico, mas não havia
nenhum funcionário no local.
Outro genérico liberado pelo
Ministério da Saúde foi o cloridrato de metoclopramida solução
oral de 4 mg/ml, fabricado pelo laboratório Teuto-Brasileiro. Este
remédio é conhecido nas farmácias como Plasil e é usado contra
vômitos. O Plasil é vendido em
média por cerca de R$ 6.
Anteriormente, o Ministério da
Saúde já havia autorizado o registro do cloridrato de metoclopramida para uso em hospitais. O genérico liberado ontem será vendido em farmácias.
O terceiro genérico liberado é a
ampicilina 250 mg/ml, pó para
suspensão oral, do laboratório
EMS Indústria Farmacêutica
Ltda.. O antibiótico genérico será
vendido por R$ 5,07, enquanto o
produto original Amplacilina
custa R$ 8,65. A redução do preço
é de 41,39%.
Esta é a segunda ampicilina colocada no mercado como genérico. O Ministério da Saúde já havia
aprovado o registro deste mesmo
remédio em drágeas, também fabricado pelo laboratório EMS.
Outros 147 remédios aguardam
registro. O laboratório EMS, por
exemplo, tem mais 37 medicamentos aguardando a liberação
do Ministério da Saúde. O presidente da EMS, Carlos Eduardo
Sanchez, havia afirmado anteriormente que o principal marketing
dos genéricos é o seu preço baixo.
Os genéricos têm composição e
efeitos idênticos aos dos remédios
originais. Os testes que diferenciam os remédios genéricos dos
similares são os de bioequivalência (que avalia a relação entre sua
composição e os efeitos que produz) e de biodisponibilidade (que
avalia o tempo e forma de absorção da droga).
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