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Opção já é adotada pelos Estados do NE
da Sucursal de Brasília
A alternativa de usar a TV para
combater a falta de professores no
ensino médio já vinha sendo adotada por Estados do Nordeste antes mesmo de o MEC e o BID
acertarem o empréstimo para
confecção de vídeo-aulas, como
mostrou reportagem da Folha de
12 de fevereiro.
Pelo menos quatro Estados
-Pernambuco, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte- estão
usando a TV como professor.
Como ainda não havia material
confeccionado especificamente
para o ensino médio regular, as
secretarias da Educação desses
Estados firmaram parcerias com
a Fundação Roberto Marinho,
que se prontificou a adaptar o Telecurso 2000 para a sala de aula.
A fundação também se encarregou de treinar monitores para
orientar as atividades complementares realizadas após a exibição da aula pela TV, elaborar material didático, testes e provas.
Os Estados têm utilizado a teleducação majoritariamente nas cidades distantes dos grandes centros, onde a escassez de professores é maior que nas capitais.
É o caso da ilha de Fernando de
Noronha (PE). Desde a segunda-feira passada, os alunos da única
escola de ensino médio da ilha assistem todas as aulas pela TV.
Serra do Mel (RN), a 320 km de
Natal, é uma das cidades pioneiras -e mais bem-sucedidas- no
uso da teleducação.
Em 93, a Prefeitura de Serra do
Mel se associou à Fundação Roberto Marinho e equipou as escolas de 5ª a 8ª séries onde havia falta de professor com TV e vídeo.
A comprovação de que o uso da
TV era uma boa alternativa pedagógica para enfrentar a escassez
de professores qualificados veio
com o Saeb de 97 (avaliação realizada pelo MEC que mede a qualidade do ensino no país).
Os alunos do terceiro ano da Escola Estadual Padre Anchieta, a
única de ensino médio de Serra
do Mel, tiveram desempenho acima da média do Rio Grande do
Norte em quatro das cinco disciplinas avaliadas: português, química, física e biologia.
Em química, o desempenho dos
alunos de Serra do Mel foi superior, inclusive, à média nacional.
Eles acertaram 32% das questões,
contra 25,33% no resto do Estado
e 25,43% no Brasil.
(DF)
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