São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2000


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Opção já é adotada pelos Estados do NE

da Sucursal de Brasília

A alternativa de usar a TV para combater a falta de professores no ensino médio já vinha sendo adotada por Estados do Nordeste antes mesmo de o MEC e o BID acertarem o empréstimo para confecção de vídeo-aulas, como mostrou reportagem da Folha de 12 de fevereiro.
Pelo menos quatro Estados -Pernambuco, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte- estão usando a TV como professor.
Como ainda não havia material confeccionado especificamente para o ensino médio regular, as secretarias da Educação desses Estados firmaram parcerias com a Fundação Roberto Marinho, que se prontificou a adaptar o Telecurso 2000 para a sala de aula.
A fundação também se encarregou de treinar monitores para orientar as atividades complementares realizadas após a exibição da aula pela TV, elaborar material didático, testes e provas.
Os Estados têm utilizado a teleducação majoritariamente nas cidades distantes dos grandes centros, onde a escassez de professores é maior que nas capitais.
É o caso da ilha de Fernando de Noronha (PE). Desde a segunda-feira passada, os alunos da única escola de ensino médio da ilha assistem todas as aulas pela TV.
Serra do Mel (RN), a 320 km de Natal, é uma das cidades pioneiras -e mais bem-sucedidas- no uso da teleducação.
Em 93, a Prefeitura de Serra do Mel se associou à Fundação Roberto Marinho e equipou as escolas de 5ª a 8ª séries onde havia falta de professor com TV e vídeo.
A comprovação de que o uso da TV era uma boa alternativa pedagógica para enfrentar a escassez de professores qualificados veio com o Saeb de 97 (avaliação realizada pelo MEC que mede a qualidade do ensino no país).
Os alunos do terceiro ano da Escola Estadual Padre Anchieta, a única de ensino médio de Serra do Mel, tiveram desempenho acima da média do Rio Grande do Norte em quatro das cinco disciplinas avaliadas: português, química, física e biologia.
Em química, o desempenho dos alunos de Serra do Mel foi superior, inclusive, à média nacional. Eles acertaram 32% das questões, contra 25,33% no resto do Estado e 25,43% no Brasil. (DF)


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