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Uma estudante de 14 anos morreu durante uma aula de educação física na escola Mário Franciscon em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Gilmara Gomes Cavalcante, 14, estudante da 8ª série do colégio, estava jogando handebol quando passou mal e caiu na quadra.
Segundo colegas, a professora de educação física, identificada apenas como Maria Helena, teria dito para ninguém colocar as mãos na garota antes de o resgate chegar.
Segundo relato de estudantes, 40 minutos depois, um pai de aluno, Júlio Ferreira Souza e um amigo, Fábio Rodrigo Pereira Bezerra, resolveram intervir.
Bezerra fez respiração boca a boca e massagens cardíacas. "Ela ainda teve uma pequena reação", disse.
A menina foi levada por Júlio à avenida na frente do colégio, onde um carro da PM a socorreu.
Ao chegar ao hospital Assunção, ela morreu por insuficiência respiratória.
A família foi avisada da morte por uma colega de classe.
A assessoria da Secretaria de Educação informou que a professora era formada e que o caso foi uma fatalidade.
Cléa Edeni da Silva, 20, disse que ainda viu a irmã com vida. "Quando eu cheguei a seu lado, ela olhou pra mim,suspirou pela última vez e sua cabeça caiu sobre os ombros... uma lágrima ainda rolou pelos olhos de minha irmã".

Atendimento
A direção da escola afirma que não houve demora para socorrer a garota.
Alunos e parentes da estudante Gilmara Cavalcante dizem que ela só morreu porque o socorro foi demorado.
"Ela ficou caída por mais de 40 minutos sem socorro no meio da quadra do colégio", disse o padrasto, José Erinaldo da Silva.
A presidente do Grêmio da escola Mário Franciscon, a estudante Juliana Sena de Souza, disse que fará uma manifestação para reivindicar que seja obrigatória, nas aulas de educação física, a realização de avaliação médica para saber se os alunos não têm problemas sérios.
O laudo da morte de Gilmara, que planejava ser médica, está previsto para sair em 15 dias. Ela foi enterrada ontem, às 16h, em um cemitério de São Bernardo.

Outro lado
A assessoria de imprensa da Secretaria da Educação também diz que a estudante Gilmara Cavalcante foi levada logo ao hospital.
Mas tanto alunos quando os responsáveis pela estudante insistem em afirmar que a causa da morte foi a suposta demora.



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