São Paulo, terça, 24 de fevereiro de 1998

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Castor é "estrela" da Mocidade

Patricia Santos/Folha Imagem
Modelo em carro alegórico da Mocidade Independente de Padre Miguel


da Sucursal do Rio

"Temos obrigação moral e espiritual de desfilar bem. Esse desfile é para o dr. Castor. Ele sempre dizia: Onde houver Castor, haverá luta e sangue'. Vamos lutar."
Com essa frase, feita por um diretor da Mocidade, no carro de som, antes do desfile da escola, ficou patente o caráter de homenagem ao bicheiro Castor de Andrade, morto no ano passado, pela escola de Padre Miguel.
O enredo, "Brilha no Céu a Estrela que Me Faz Sonhar", sobre os astros celestes, era encerrado com um carro alegórico em homenagem a Castor.
Na semana passada, a escola divulgara que o carro homenagearia todas as estrelas que já passaram pela Mocidade, como mestre André, diretor de bateria, e Fernando Pinto, carnavalesco do desfile "Ziriguidum 2001", que deu à escola seu segundo título, em 1985.
Não havia, porém, referência a eles no carro de Castor, homenageado único da alegoria. O enredo fez José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, voltar ao Sambódromo. "Eu era amigo do Castor, não poderia deixar de participar de uma homenagem a ele", disse.
Ele saía na Mocidade desde 1965, mas deixou de desfilar desde que o bicheiro foi preso, em 1993. "O Castor era e ainda é nossa estrela, o símbolo da Mocidade."
Já a Porto da Pedra conseguiu mostrar, na avenida, que seu enredo "Samba no Pé e Mãos ao Alto, Isto É um Assalto" não fazia apologia do crime, e sim uma crítica à impunidade. (MM e AL)


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