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Rio se colore para Chico Buarque e
marca virada na Marquês de Sapucaí
da Sucursal do Rio
do enviado especial ao Rio
Milhares de
pessoas se vestiram de verde e
rosa, as cores da
Mangueira, para esperar o desfile da escola
ontem na avenida Marquês de Sapucaí, homenageando o compositor Chico Buarque.
Ao contrário do dia anterior,
quando as reações foram mornas,
o público cantava, dançava e gritava palavras-de-ordem mesmo antes da apresentação das escolas.
Quando o cantor Jamelão, puxador de samba da Mangueira, passou caminhando pela passarela,
foi ovacionado.
A torcida da Mangueira, considerada o "Flamengo do samba"
devido à sua popularidade, silenciou os adeptos da Unidos da Tijuca, que na madrugada de hoje teria
o centenário do Vasco da Gama.
Um problema de última hora levou diretores mangueirenses ao
desespero: o caminhão com partes
do carro abre-alas "Pra Ver a
Banda Passar" se atrasou e, na
montagem, caiu a figura de Chico
Buarque, sentado, tocando violão.
Os artistas da escola tentariam
remontar a figura de Chico.
Oito seguranças foram escalados
para proteger Chico no desfile. Até
o compositor Carlos Cachaça, da
"velha guarda mangueirense", estava na concentração, para desfilar numa cadeira de rodas.
Às 19h55 de ontem, a Tradição se
preparava para começar o segundo dia de desfiles na Sapucaí.
Os ritmistas da bateria usaram
fantasias de veludo negro, inclusive nas botas, quando a temperatura, mesmo à noite, superava os 30
C. À frente da bateria, sairia a
madrinha Luma de Oliveira, que
deu apoio financeiro à escola.
A comissão de frente, pelo quinto
ano consecutivo, foi formada por
bailarinos de diversas companhias
cariocas. O coreógrafo, Roberto
Lima, é bailarino do Teatro Municipal do Rio. A Tradição desfilaria
com o tema "Viagem Fantástica
ao Pulmão do Mundo", sobre a
Amazônia.
(FERNANDA DA ESCÓSSIA, ISABEL
CLEMENTE e RODRIGO VERGARA)
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