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Camelô teria loteado viaduto, diz polícia
da Reportagem Local
O presidente da Associação dos
Camelôs Independentes do Estado
de São Paulo, Gilberto Monteiro da
Silva, 36, é acusado pela polícia de
comandar o esquema de extorsão a
ambulantes do viaduto Santo Ifigênia (centro).
Ele foi apontado por fiscais da
Administração Regional da Sé e
ambulantes da região como sendo
o responsável pela venda dos pontos de comércio no viaduto e pelo
recolhimento de propina semanal.
As investigações começaram no
dia 31 de janeiro, quando a polícia
infiltrou um investigador entre os
camelôs e flagrou a ambulante
Aparecida Santiago recolhendo dinheiro dos colegas pela estadia no
local. A partir daí, pelo menos 16
fiscais da regional foram presos
por envolvimento no esquema.
"O que queremos saber é como
uma pessoa pode arrecadar tanto
dinheiro e ter certeza de que nenhum funcionário público vai retirar seus inquilinos do local", disse
o delegado Romeu Tuma Jr., que
investiga a máfia da Sé. Segundo
Tuma Jr., Silva cobrava de R$ 2.000
a R$ 25 mil pelos pontos na região,
além da propina semanal.
Perguntado há um mês por que
os camelôs da Santa Ifigênia não
eram removidos para os bolsões, o
prefeito Celso Pitta disse que o comércio ambulante é um problema
social e que a remoção ocorrerá
para a reforma do viaduto.
Gilberto da Silva continuava
prestando depoimento à polícia
até as 20h de ontem. Segundo Tuma Jr., ele já havia admitido que
encaminhava o dinheiro à regional
da Sé, mas não havia dado nomes
de quem recebia a propina.
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