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AMAZÔNIA
Medida beneficia agricultor familiar
Governo fixa limite para desmatamento
da Sucursal de Brasília
O Ministério do Meio Ambiente
revogou a proibição de desmatamento na Amazônia para propriedades destinadas à agricultura familiar. A medida vai beneficiar 600
mil famílias, segundo o ministério.
O ministro José Sarney Filho
(Meio Ambiente) vai alterar a instrução normativa do ministério
que suspendeu por 120 dias todo
tipo de desmatamento na região
amazônica, conforme acordo feito
ontem com representantes de pequenos produtores, de extrativistas e de pescadores artesanais.
Amanhã o Ibama e o ministério
vão se reunir com representantes
de madeireiras. No dia 29, com
agropecuaristas e, no dia 31, com
líderes de sem-terra.
O acordo de ontem fixou o limite
de desmatamento de três hectares
por ano de floresta nativa em áreas
destinadas à agricultura familiar.
Em áreas de posse coletiva, o limite
sobe para cinco hectares.
Como a medida se refere a 600
propriedades rurais, a área máxima de desmatamento de floresta
nativa permitida pelo ministério
nesse tipo de propriedade é de
1.800 km2 por ano.
Segundo o presidente do Ibama,
Eduardo Martins, isso representa
menos de 10% do desmatamento
que está ocorrendo na região.
Conforme o acordo, ficam excluídas da proibição de desmatamento as propriedades e posses
mansas e pacíficas de tamanho
menor ou igual a cem hectares,
mantidas sob regime de agricultura familiar, que se caracteriza pela
ausência de empregados com contrato permanente.
Segundo o ministério, 90% das
600 mil propriedades mantidas
sob regime de agricultura familiar
na Amazônia estão dentro do limite de cem hectares.
Os proprietários das 10% restantes serão submetidos a exigências,
para que fique provado que suas
áreas são para agricultura familiar.
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