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Trecho entre as avenidas Paulista e Brasil é o pior
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda no tempo geral da viagem no eixo da avenida Rebouças
é motivada essencialmente pelo
alívio dos engarrafamentos nas
proximidades do túnel Jornalista
Fernando Vieira de Mello -entre
a Eusébio Matoso e a av. Brasil.
No trecho da av. Brasil à rua Oscar Freire e, em seguida, à av. Paulista, a situação do trânsito chega a
ser pior que a de 16 meses atrás.
Esse caso reflete, em parte, uma
previsão já alertada por críticos da
obra: a passagem subterrânea seria, muitas vezes, uma forma de
levar os carros de forma mais rápida ao próximo congestionamento. Ou seja, na região onde ela
está, a fluidez tende a melhorar,
mas, nos trechos seguintes, os automóveis voltam a ficar parados.
Ontem de manhã, a velocidade
média de quem seguia da ponte
Eusébio Matoso ao túnel recém-inaugurado, na altura da Faria Lima, era de 36,7 km/h, contra 9,8
km/h na medição do ano passado.
Esse ganho, entretanto, acabava
minimizado no trecho da rua Oscar Freire à av. Paulista, cuja velocidade média era de 12,2 km/h,
quase metade dos 21,8 km registrados na aferição antes da obra.
Essa situação pode servir de dica aos motoristas que vão ao centro, que devem tentar buscar vias
paralelas alternativas, como as
ruas Bela Cintra, Augusta e Gabriel Monteiro da Silva, para driblar os trechos mais complicados.
Essa piora da lentidão em alguns momentos nesse trecho de
1,85 km da avenida Brasil à Paulista se dava apesar da presença de
fiscais da CET na via ter aumentado depois da abertura do túnel
sob a Faria Lima e da inauguração
do corredor de ônibus à esquerda.
Valtair Ferreira Valadão, 54,
que trabalha na CET há 28 anos e
que hoje é gestor de trânsito da região central, conta que a média de
marronzinhos ao longo da avenida Rebouças, que sempre esteve
próxima de 20 a 25, atualmente já
passa de 35. Valadão foi um dos
funcionários da empresa a acompanhar a medição da velocidade e
dos tempos de viagens.
"O que aconteceu? Tem algum
acidente? Não? Tem certeza? OK",
perguntava no rádio aos outros
operadores, tentando, sem sucesso, sugerir alguma medida que reduzisse a lentidão nesse trecho.
A mesma preocupação teve Antonio Carlos Vieira, 18 anos de
CET e segundo a fazer a medição
com a reportagem. Além de deparar com trânsito parado, às 1hh38,
na entrada do túnel Jornalista
Fernando Vieira de Mello, sentido
bairro-centro, logo em sua primeira viagem, Vieira também repetia os questionamentos de Valadão ao rádio. "Tem certeza que
não há nada. Tira quatro ou cinco
[segundos] do semáforo da Brasil", orientava ele, sem conseguir,
mesmo assim, diminuir os engarrafamentos até a av. Paulista.
Tendência
A lentidão nesse trecho é agravada pelo entrocamento com a
Gabriel Monteiro da Silva. Valadão diz que até as obras de enterramento da fiação aérea -que
bloqueiam as calçadas, e não as
vias- também podem prejudicar essa fluidez.
Ele reconhece que a tendência é
de elevar os carros na Rebouças
nas próximas semanas, porque
ainda há motoristas optando pelos antigos trajetos alternativos,
sugeridos na fase das obras.
Condições precárias das calçadas
Carros quebrados
Idosa quase atropelada.
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