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Distrito inundado para implantação de usina é descoberto por mergulhadores
DA FOLHA RIBEIRÃO
Quebra-Chifre é outro vilarejo de Minas que sofreu os
efeitos de uma hidrelétrica da
Cemig. Só que não está à venda.
Essa vila, que há 35 anos abrigava cerca de 300 pessoas, está
no fundo do rio Grande, às vésperas de se tornar roteiro turístico de mergulho.
Os moradores viviam da agricultura de subsistência e da pecuária. O local foi inundado para a implantação da usina hidrelétrica Volta Grande.
O fundo do rio está sendo
mapeado por um grupo de mergulhadores de São Joaquim da
Barra e Ituverava, que já descobriu o que sobrou das antigas
casas, da escola, do armazém,
do açougue e de um curral de
Quebra-Chifre.
Os mergulhadores, entre eles
o fazendeiro Manuel Pontes
Junior, 46, começaram a descobrir a vila pelo armazém, que
hoje ainda mantém as paredes
intactas. A cerca de 15 m de profundidade é possível encontrar
garrafas de bebidas, caixas com
cervejas e copos.
"[O vilarejo] era um lugar pequeno e todo mundo se conhecia. Quando tudo foi inundado
ficamos muito tristes, mas hoje
é até bonito olhar toda aquela
água", disse a aposentada Alayde Souza Tosta, 92.
As famílias que perderam
suas casas foram indenizadas
pela Cemig.
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