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Proprietário foi preso em 85
FLORÊNCIA VAZ PEREIRA
e da Reportagem Local
Não é a primeira vez que a
tradicional Botica Ao Veado D'Ouro vê sua imagem
arranhada com a denúncia
de venda de medicamentos
falsificados.
Em 1985, o farmacêutico e
bioquímico Daniel Eduardo Derkacheff Vera, um
dos proprietários da drogaria, foi preso em flagrante,
acusado de vender ginseng
falsificado.
Na ocasião, Vera argumentou que o Instituto
Adolfo Lutz, responsável
pela análise do material,
não tinha a técnica necessária para examinar o ginseng.
O advogado da empresa,
José Benedito Neves, afirmou que o farmacêutico foi
absolvido pela Justiça no
ano seguinte depois de
apresentar uma contraprova e notas fiscais comprovando a origem do ginseng.
A suspeita de falsificação
do ginseng aconteceu em
setembro de 1985. A Divisão de Investigações sobre
Infrações contra a Saúde
Pública apreendeu 300 quilos do produto.
Segundo a polícia, os exames feitos pelo Instituto
Adolfo Lutz indicaram que
o material não continha o
elemento panax ginseng,
uma raiz conhecida como
ginseng coreano.
O farmacêutico Daniel
Eduardo Derkacheff Vera
foi indiciado na época por
estelionato e exposição e
venda de substância medicinal adulterada.
Segundo o advogado da
empresa, a Botica Ao Veado D'Ouro encaminhou
uma mostra do mesmo material para os laboratórios
da USP (Universidade de
São Paulo), que confirmou
a origem do ginseng.
A empresa informou que
entrou com ação contra o
Estado por danos morais.
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