São Paulo, quinta, 24 de setembro de 1998

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Proprietário foi preso em 85

FLORÊNCIA VAZ PEREIRA
e da Reportagem Local

Não é a primeira vez que a tradicional Botica Ao Veado D'Ouro vê sua imagem arranhada com a denúncia de venda de medicamentos falsificados.
Em 1985, o farmacêutico e bioquímico Daniel Eduardo Derkacheff Vera, um dos proprietários da drogaria, foi preso em flagrante, acusado de vender ginseng falsificado.
Na ocasião, Vera argumentou que o Instituto Adolfo Lutz, responsável pela análise do material, não tinha a técnica necessária para examinar o ginseng.
O advogado da empresa, José Benedito Neves, afirmou que o farmacêutico foi absolvido pela Justiça no ano seguinte depois de apresentar uma contraprova e notas fiscais comprovando a origem do ginseng.
A suspeita de falsificação do ginseng aconteceu em setembro de 1985. A Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública apreendeu 300 quilos do produto.
Segundo a polícia, os exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz indicaram que o material não continha o elemento panax ginseng, uma raiz conhecida como ginseng coreano.
O farmacêutico Daniel Eduardo Derkacheff Vera foi indiciado na época por estelionato e exposição e venda de substância medicinal adulterada.
Segundo o advogado da empresa, a Botica Ao Veado D'Ouro encaminhou uma mostra do mesmo material para os laboratórios da USP (Universidade de São Paulo), que confirmou a origem do ginseng.
A empresa informou que entrou com ação contra o Estado por danos morais.



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