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Botica atua em São Paulo há 140 anos
FLORÊNCIA VAZ PEREIRA
do Banco de Dados
A Botica Ao Veado D'Ouro, que
agora aparece implicada no caso
do Androcur falsificado, é uma
das mais tradicionais farmácias de
manipulação de São Paulo.
Fundada em 1858 pelo alemão
Gustav Schaumann, a Botica permaneceu como uma das únicas a
trabalhar com fórmulas personalizadas até a década de 70.
Na origem, Schaumann e seu
amigo Gustav Gravenhorst tinham uma loja de secos e molhados onde, num pequeno espaço,
vendiam medicamentos.
Percebendo que este ramo era
inexplorado no Brasil, resolveram
investir na compra de equipamentos e fundar uma farmácia.
Algum tempo depois, Gravenhorst voltou para a Alemanha e
Schaumann ficou sozinho com o
empreendimento.
Ao batizar a farmácia, usou o
brasão da família Schaumann como logotipo: o pequeno cervo
dourado entre arbustos.
A farmácia foi dirigida pela família até 1905. A partir daí, entraram vários sócios. Atualmente,
Daniel Derkacheff, que foi indiciado ontem, dirige a empresa e é um
de seus proprietários.
Com 140 anos de existência, a
Botica Ao Veado D'Ouro participou de várias fases do desenvolvimento de São Paulo e vem procurando adaptar-se às exigências dos
novos tempos.
Expansão
Instalada desde a fundação na
Rua São Bento, região central da
cidade, iniciou sua expansão em
1989, com a instalação da primeira
filial no Shopping Iguatemi.
Mais tarde, vieram outras nos
shoppings Morumbi (1992), Ibirapuera (1994) e Metrô Tatuapé
(1997), além de uma loja na rua
Monte Alegre (1996), no bairro de
Perdizes.
A expansão aconteceu depois do
episódio em que foi acusada de
vender remédio falso, em 1985
(leia texto ao lado). Segundo a
atual direção, o laboratório teria
provado sua inocência no caso.
Em sua trajetória, a Botica Ao
Veado D'Ouro conta com a passagem de clientes famosos, como
Oswald de Andrade, Mário de Andrade, o presidente Washington
Luiz, o campeão de boxe Éder Jofre e o cantor Cauby Peixoto, entre
outros.
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