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Defeito é caso isolado, diz Schering
da Reportagem Local
O ministério da Saúde informou ontem à noite que vai interditar por uma semana o setor de produção de pílulas anticoncepcionais do laboratório Schering do Brasil.
Cartelas de medicamentos produzidos pela empresa foram encontrados no mercado com uma pílula a menos.
A empresa informou ontem, por meio de nota, que "lamenta a ocorrência de
casos isolados de embalagens incompletas". A nota é uma resposta aos defeitos em cartelas de remédios fabricados pela empresa
detectados esta semana.
Na segunda-feira, foi detectado
defeito em uma cartela do lote 332
do anticoncepcional Diane 35.
Anteontem, a Secretaria Estadual
da Saúde do Paraná interditou
cautelarmente seis lotes de quatro
anticoncepcionais fabricados pela
Schering do Brasil (não confundir
com Schering-Plough).
Foram detectados dois problemas nos lotes interditados no Paraná. Um é a falta de uma drágea
em cartela de Triquilar (lotes 336 e
337), de Diane 35 (lote 342) e de
Microvlar (lote 253).
O outro problema é a existência
de números de lote diferentes na
caixa e na cartela dos anticoncepcionais Triquilar (lote 332) e
Gynera (lote 390).
Anteriormente, já haviam sido
constatados problemas em cartelas de Microvlar e Diane 35.
A Schering reiterou na nota que
adota um sistema de controle rigoroso durante o processo de embalagem dos produtos que fabrica.
Apesar disso, a empresa tem dito
que admite rever e aprimorar seus
procedimentos industriais, a fim
de evitar problemas como os que
vêm sendo divulgados. A empresa
admite ainda que podem ocorrer
casos isolados de defeitos, que escapem ao controle de qualidade
do laboratório.
Como a fabricação de remédios é
um processo industrial, ele está
sujeito a uma margem de erro, como pode ocorrer com qualquer
outro produto fabricado industrialmente.
De acordo com o porta-voz da
Schering, Álvaro Menezes, a média mundial de defeitos em embalagens de remédios é de dez para
cada grupo de 1 milhão. "A Schering do Brasil está abaixo da média
mundial", afirma.
A nota informa ainda que a
Schering do Brasil fabrica anualmente cerca de 65 milhões de cartelas de medicamentos.
Ainda de acordo com a nota, as
boas práticas de fabricação incluem um capítulo sobre reclamações, que prevê casos como esses.
"Os poucos casos detectados se
encontram dentro da experiência
da Schering e de outras empresas
do ramo", diz o texto da nota.
A empresa informou que mantém à disposição das consumidoras a linha telefônica 0800-551241.
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