São Paulo, quinta, 24 de setembro de 1998

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Defeito é caso isolado, diz Schering

da Reportagem Local

O ministério da Saúde informou ontem à noite que vai interditar por uma semana o setor de produção de pílulas anticoncepcionais do laboratório Schering do Brasil.
Cartelas de medicamentos produzidos pela empresa foram encontrados no mercado com uma pílula a menos.
A empresa informou ontem, por meio de nota, que "lamenta a ocorrência de casos isolados de embalagens incompletas". A nota é uma resposta aos defeitos em cartelas de remédios fabricados pela empresa detectados esta semana.
Na segunda-feira, foi detectado defeito em uma cartela do lote 332 do anticoncepcional Diane 35. Anteontem, a Secretaria Estadual da Saúde do Paraná interditou cautelarmente seis lotes de quatro anticoncepcionais fabricados pela Schering do Brasil (não confundir com Schering-Plough).
Foram detectados dois problemas nos lotes interditados no Paraná. Um é a falta de uma drágea em cartela de Triquilar (lotes 336 e 337), de Diane 35 (lote 342) e de Microvlar (lote 253).
O outro problema é a existência de números de lote diferentes na caixa e na cartela dos anticoncepcionais Triquilar (lote 332) e Gynera (lote 390).
Anteriormente, já haviam sido constatados problemas em cartelas de Microvlar e Diane 35.
A Schering reiterou na nota que adota um sistema de controle rigoroso durante o processo de embalagem dos produtos que fabrica.
Apesar disso, a empresa tem dito que admite rever e aprimorar seus procedimentos industriais, a fim de evitar problemas como os que vêm sendo divulgados. A empresa admite ainda que podem ocorrer casos isolados de defeitos, que escapem ao controle de qualidade do laboratório.
Como a fabricação de remédios é um processo industrial, ele está sujeito a uma margem de erro, como pode ocorrer com qualquer outro produto fabricado industrialmente.
De acordo com o porta-voz da Schering, Álvaro Menezes, a média mundial de defeitos em embalagens de remédios é de dez para cada grupo de 1 milhão. "A Schering do Brasil está abaixo da média mundial", afirma.
A nota informa ainda que a Schering do Brasil fabrica anualmente cerca de 65 milhões de cartelas de medicamentos.
Ainda de acordo com a nota, as boas práticas de fabricação incluem um capítulo sobre reclamações, que prevê casos como esses. "Os poucos casos detectados se encontram dentro da experiência da Schering e de outras empresas do ramo", diz o texto da nota.
A empresa informou que mantém à disposição das consumidoras a linha telefônica 0800-551241.



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