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NARCOTRÁFICO
Deputado federal Pinheiro Landim deixa o PMDB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Pinheiro Landim
(CE), suspeito de envolvimento
com a compra de habeas corpus
para traficantes, deixou ontem o
PMDB, partido pelo qual foi reeleito em outubro.
Pressionado pela cúpula do partido, Landim enviou no último
dia 20 um pedido de desligamento. Sem isso, corria o risco de ser
expulso do PMDB devido às suspeitas da Polícia Federal.
Após receber o pedido, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), determinou, no
domingo, ao diretório regional do
partido no Ceará que iniciasse o
desligamento de Landim.
A Folha tentou falar com Landim sobre as denúncias e sobre
uma eventual licença do cargo
durante as investigações, mas,
apesar de deixar recados, não obteve nenhuma resposta.
O caso está sendo examinado
pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que poderá suspender ou
manter o sigilo do processo. O julgamento do caso pelo STF é garantido aos deputados, que têm
foro privilegiado. Caso perca o
mandato, Landim pode ser julgado pela Justiça comum.
A chamada "Operação Diamante", iniciada há cerca de três
anos, levou à prisão, na semana
retrasada, 24 pessoas em oito Estados e no Distrito Federal.
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