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OUTRO LADO
"Herança" de processos prejudicou Corregedoria, afirma presidente
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Febem, Marcos
Antônio Monteiro, afirma que a
Corregedoria da fundação recebeu uma "herança" de processos
administrativos antigos, o que
prejudicou o trabalho do órgão,
criado em maio de 2003.
Antes disso, as investigações internas eram feitas por uma comissão processante permanente. Segundo a Febem, a Corregedoria
começou seus trabalhos com um
acúmulo de cerca de 1.200 processos administrativos.
Por isso existem apurações instauradas em 2000 que ainda estão
em andamento. "A nossa Corregedoria, como é muito nova, herdou um volume de processos do
passado muito pesado. Isso comprometeu o início da ação da Corregedoria. Agora, ela está mais
dentro do tempo, podendo atuar
de forma mais direta nesses processos recentes. E temos conseguido resultados importantes."
Ele admite que o número de demitidos é baixo, mas salienta que
a apuração de casos antigos é
mais difícil. "Isso [número de demitidos] num total de 8.000 [funcionários], não é nenhum..., mas
está se trabalhando em processos
muitos antigos, o que aumenta
muito a dificuldade. A própria dificuldade em conseguir testemunhas. Isso certamente atrasou ou
atrapalhou muito a Corregedoria.
Ela teve pouco resultado de solução porque tentou resgatar uma
história", diz Monteiro, que assumiu o cargo no último dia 2.
Monteiro diz que a Corregedoria vai receber reforço na sua estrutura, "se precisar", e a fundação estuda uma maneira de acelerar as punições.
"Essa foi a minha primeira conversa com a Corregedoria. Foi
nessa direção, [sobre] quais os
procedimentos que podemos
adotar para agilizar os processos,
desde que preservados os direitos
constitucionais dos envolvidos."
A assessoria de imprensa da Febem também informou que casos
foram arquivados porque o funcionário saiu da instituição, o que
tornou o "objeto de investigação"
sem efeito. A fundação não informou, porém, qual a participação
desse item no total de investigações arquivadas.
Também segundo a assessoria
da Febem, processos são abertos
para apurar pequenos problemas
administrativos, como o desaparecimento de objetos e materiais,
sem que isso represente um caso
grave no dia-a-dia da instituição.
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