São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004

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OUTRO LADO

"Herança" de processos prejudicou Corregedoria, afirma presidente

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Febem, Marcos Antônio Monteiro, afirma que a Corregedoria da fundação recebeu uma "herança" de processos administrativos antigos, o que prejudicou o trabalho do órgão, criado em maio de 2003.
Antes disso, as investigações internas eram feitas por uma comissão processante permanente. Segundo a Febem, a Corregedoria começou seus trabalhos com um acúmulo de cerca de 1.200 processos administrativos.
Por isso existem apurações instauradas em 2000 que ainda estão em andamento. "A nossa Corregedoria, como é muito nova, herdou um volume de processos do passado muito pesado. Isso comprometeu o início da ação da Corregedoria. Agora, ela está mais dentro do tempo, podendo atuar de forma mais direta nesses processos recentes. E temos conseguido resultados importantes."
Ele admite que o número de demitidos é baixo, mas salienta que a apuração de casos antigos é mais difícil. "Isso [número de demitidos] num total de 8.000 [funcionários], não é nenhum..., mas está se trabalhando em processos muitos antigos, o que aumenta muito a dificuldade. A própria dificuldade em conseguir testemunhas. Isso certamente atrasou ou atrapalhou muito a Corregedoria. Ela teve pouco resultado de solução porque tentou resgatar uma história", diz Monteiro, que assumiu o cargo no último dia 2.
Monteiro diz que a Corregedoria vai receber reforço na sua estrutura, "se precisar", e a fundação estuda uma maneira de acelerar as punições.
"Essa foi a minha primeira conversa com a Corregedoria. Foi nessa direção, [sobre] quais os procedimentos que podemos adotar para agilizar os processos, desde que preservados os direitos constitucionais dos envolvidos."
A assessoria de imprensa da Febem também informou que casos foram arquivados porque o funcionário saiu da instituição, o que tornou o "objeto de investigação" sem efeito. A fundação não informou, porém, qual a participação desse item no total de investigações arquivadas.
Também segundo a assessoria da Febem, processos são abertos para apurar pequenos problemas administrativos, como o desaparecimento de objetos e materiais, sem que isso represente um caso grave no dia-a-dia da instituição.


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