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EDUCAÇÃO
Até agora, Banco Mundial já concordou em liberar US$ 1 bilhão para investimento no ensino público de 1º grau
Bird deve emprestar US$ 1,3 bi ao Brasil
DANIELA FALCÃO
da Sucursal de Brasília
O Ministério da Educação deve
assinar até o fim deste ano um
acordo de empréstimo de US$ 1,3
bilhão com o Bird (Banco Mundial) para serem investidos em
projetos de melhoria do ensino
público de 1º grau nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Até agora, o Bird já concordou
em emprestar US$ 1 bilhão. Mas o
governo brasileiro pretende conseguir os US$ 300 milhões que
considera necessários para implementar todo o programa.
Se a proposta brasileira for aprovada, esse será o maior empréstimo feito pelo Bird para a área de
educação. O recorde atual é um
empréstimo de R$ 1 bilhão concedido ao governo da Índia.
Em fevereiro, o ministro Paulo
Renato Souza (Educação) esteve
em Washington (EUA) para iniciar as negociações.
Na semana passada, o presidente
do Bird veio a Brasília para discutir
detalhes da proposta. O MEC está
finalizando a carta-consulta que
possibilitará o empréstimo.
Nordeste
Os investimentos nas regiões
Norte e Centro-Oeste deverão ter
início até março de 98. A duração
estimada é de cinco anos.
O plano será inspirado no Projeto Nordeste -programa do MEC
e do Bird para melhoria dos índices educacionais nos nove Estados
nordestinos criado em 94 e que já
recuperou 13.500 salas e treinou
162 mil professores. A verba é de
R$ 800 milhões.
Pesquisa do MEC feita em novembro de 95 concluiu que os alunos nordestinos que concluem o
2º grau têm conhecimentos de matemática e português semelhantes
aos de 8¦ série da região Sudeste.
Embora o desempenho dos alunos nordestinos continue sendo
inferior aos do resto do país, já foram conquistados avanços desde a
implantação do projeto.
O Nordeste foi a região em que o
número de alunos matriculados
no ensino fundamental (1¦ a 8¦ série) mais cresceu entre 95 e 96. Segundo o censo educacional, o
crescimento das matrículas na região foi de 4,6%. No mesmo período, a taxa nacional foi de 1,8%.
Índios e assentados
A verba do novo empréstimo
servirá para ampliar as ações do
Projeto Nordeste e prover de padrões mínimos de funcionamento
as escolas de 1º grau do Centro-Oeste e Norte.
Os investimentos têm como objetivo ampliar o número de vaga
nas escolas, melhorar a qualidade
do ensino, combater a repetência e
a evasão nas três regiões.
Para o Norte e Centro-Oeste serão desenvolvidos programas voltados para o atendimento de alunos residentes em assentamentos,
reservas indígenas e áreas de fronteira.
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