São Paulo, Quinta-feira, 25 de Março de 1999
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EDUCAÇÃO
Crianças estariam tendo aulas em espaços improvisados
Entrega de salas emergenciais completa um mês de atraso

da Reportagem Local

A Prefeitura de São Paulo vai atrasar em um mês a entrega da maior parte das salas emergenciais programadas para atender alunos matriculados no ensino fundamental da rede municipal.
No início do ano letivo, em fevereiro, a Secretaria Municipal da Educação havia prometido entregar 340 salas emergenciais até o final de março. Até ontem, apenas 70 haviam sido concluídas.
As salas foram projetadas para atender crianças que vivem e estudam em regiões onde a demanda é maior do que a oferta de vagas, principalmente as zonas sul e leste de São Paulo.
A estimativa é que 28 mil crianças matriculadas no ensino fundamental da rede municipal paulistana serão atendidas nessas salas. Enquanto elas não ficam prontas, a maioria das crianças está tendo aulas em espaços alternativos -como salas de vídeo e bibliotecas- ou foram acomodadas em salas convencionais, que, por estarem acomodando um contingente adicional estão superlotadas.
O secretário municipal da Educação, João Gualberto Meneses, chegou a admitir ontem que algumas salas estão superlotadas, com até 45 alunos, devido à necessidade de abrigar as crianças que devem ser atendidas nas salas emergenciais.
A declaração foi feita ontem, durante a inauguração da Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Duarte de Almeida, em Itaquera (zona leste).
O secretário admitiu ainda que "uma minoria" das crianças possa estar sem aulas. No entanto, a Secretaria Municipal da Educação não soube precisar quantas das 28 mil estão nessa situação.
A Secretaria Estadual da Educação também está construindo salas emergenciais. Até o final do fevereiro, haviam sido entregues 133 de um total de 533 prometidas.
Um balanço atualizado só deverá ser divulgado no início de abril, pois as APMs (Associações de Pais e Mestres) -responsáveis pela construção das salas- têm prazo até 31 de março para entregar os relatórios sobre o andamento da construção das salas.
Em dois anos de administração, o prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PPB), construiu 39 escolas, ampliou 36 e reformou 31. Para 99, estão projetadas 45 novas escolas.


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