São Paulo, sábado, 25 de abril de 1998

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"Eu faria a mesma coisa"

da Reportagem Local

Casada havia nove anos, a aposentada Mayumi Okamoto Ferraz de Camargo disse que faria a mesma coisa que o marido, o analista econômico-financeiro Luiz Eduardo Ferraz de Camargo, fez para proteger as filhas de 6 e 8 anos. A seguir trechos de sua entrevista:

Pergunta - O que significa a prisão do assassino de sua marido para a senhora?
Mayumi Okamoto Ferraz de Camargo -
É um consolo, é importante. Mas o mais importante era a vida do meu marido.
Pergunta - O preso disse que atirou porque seu marido reagiu. Houve reação?
Mayumi -
No lugar do meu marido, faria a mesma coisa, pois o ladrão apontou a arma para minhas filhas. Ele se pôs na frente para nos salvar. O ladrão ia atirar. Eu tenho certeza.
Pergunta - Como as filhas reagiram à morte do pai?
Mayumi -
Hoje a pequena (Fernanda, 6) perguntou onde estava o papai. Disse que ele virou uma estrelinha, e a mais velha (Heloísa, 8) começou a chorar. Ela só parou quando lhe disse que o pai não ia gostar de vê-la chorando.



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