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Resultado da pesquisa não alarma estudantes universitários
da Reportagem Local
"Se eu fumo maconha? Quem
não fuma maconha?", pergunta a
estudante que cursa o 3º ano de
História na Universidade de São
Paulo A.P.S, 22, ao responder a
uma questão da reportagem.
"Só a lei que é cega. Não somos
marginais. É só saber dosar o consumo para não se tornar uma pessoa apática."
A Folha conversou com estudantes universitários de áreas diversas. A maioria não se surpreendeu com o resultado da pesquisa
que mostra um consumo de maconha praticamente igual ao de cigarro. "Eu não curto, mas tenho
mais amigos que fumam maconha
do que cigarro", conta a estudante de teatro B.R.C, 22.
"A gente conhece os males.
Mas, pela vida que a gente leva,
acaba procurando a maconha",
justifica D.C.V, 20, aluna da Faculdade de Medicina da USP. Aula
em período integral, prova toda
semana e pouco lazer, segundo
ela, causam um estresse que é resolvido com a droga.
Aluno de Rádio e TV da USP,
R.R, 20, é um usuário de maconha
há três anos. Eventualmente, diz,
fuma na própria universidade sem
se esconder, e não é incomodado.
Segundo ele, o hábito não influi
em sua produtividade. "Quando
não estou sob o efeito da droga,
meu ritmo de trabalho é normal."
R. acredita que vai parar de fumar
maconha daqui há alguns anos.
"Sou jovem, quero experimentar
coisas. Vai chegar uma época em
que não haverá mais graça."
(PL)
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