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Uso de droga aumenta em escola pública
do Conselho Editorial
O aumento de consumo de drogas nas faculdades, em particular a
maconha, reflete tendência crescente nas escolas de primeiro e segundo graus em todo o país.
Desde 1987, o Cebrid (Centro
Brasileiro de Informações sobre
Drogas Psicotrópicas) levanta os
hábitos de drogas entre estudantes
de escolas públicas.
No ano passado, foram respondidos 15.503 questionários em dez
municípios, indicando que 7,6%
dos entrevistados usaram maconha alguma vez na vida; 2%, cocaína. Em 1987, essas porcentagens eram, respectivamente, 2,8%
e 0.5%.
Há cidades onde o problema é
mais acentuado. Indagados sobre
se já tinham usado maconha alguma vez na vida, 14,4% dos estudantes de Porto Alegre responderam positivamente; Curitiba,
11,9%.
Psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo, Ronaldo Laranjeira, que estuda o problema
das drogas, acredita que a opinião
pública está desinformada sobre
os efeitos da maconha.
Segundo ele, com o tempo a maconha fica mais forte e pode causar mais dependência.
"Antigamente, a cocaína era
bem mais fraca e utilizada até como remédio, o que hoje é impensável", diz.
Dado anterior
Estudo divulgado no ano passado pelo Grupo Interdisciplinar de
Estudos de Álcool e Drogas do
Hospital das Clínicas mostrou que
7,1% dos estudantes da USP na cidade de São Paulo já haviam experimentado cocaína pelo menos
uma vez na vida.
Nesse universo, 90,1% já haviam
experimentado álcool e 18,2% algum tipo de solvente com efeito
entorpecente -cola de sapateiro
ou benzina, por exemplo.
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