CRISPIM ALVES
da Reportagem Local

Considerado até o momento a principal testemunha da chacina que deixou 11 mortos em Francisco Morato (Grande São Paulo), Sandroval Marques está foragido.
Marques foi um dos quatro sobreviventes do massacre ocorrido na madrugada do último dia 17, uma quarta-feira, no interior do bar Ponto de Encontro, que fica no centro da cidade.
Com tiros nas costas, Marques foi internado no Hospital de Clínicas Franco da Rocha. Durante o tempo de internação, a polícia havia informado que ele estava com escolta.
Na mesma quarta-feira à noite, o sobrevivente chegou a prestar um depoimento aos investigadores da delegacia de Francisco Morato.
Dois dias depois, os mesmos policiais voltaram ao hospital para colher novas informações com Marques. Eles foram informados, no entanto, de que ele havia recebido alta no dia anterior. Desde então, ele nunca mais foi visto.
Na última segunda-feira, o juiz Homero Maion decretou a prisão temporária de Marques.
A prisão foi pedida pelo delegado Alfredo Antonio Grimaldi, responsável pelas investigações.
Segundo o delegado, Marques seria segurança de Renato Girão, um dos mortos na chacina.
Girão tomava conta do bar Ponto de Encontro e era conhecido como um dos traficantes da região. Segundo Grimaldi, no domingo anterior ao massacre, Girão teria assassinado Paulo Andrade. Marques também teria participado do crime.
Além da suspeita de que a chacina tenha sido praticada por policiais militares, a segunda hipótese para o massacre seria uma guerra de quadrilhas. De acordo com essa segunda linha, pessoas ligadas a Andrade teriam vingado sua morte. Para a polícia, Marques conhecia os três atiradores.



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