São Paulo, quinta, 25 de junho de 1998

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Justiça decide soltar promotor acusado de porte ilegal de arma

da Reportagem Local

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu ontem soltar o promotor Igor Ferreira da Silva e seu irmão Eger. Os dois haviam sido presos no último sábado em flagrante sob a acusação de portar ilegalmente uma arma de uso exclusivo das Forças Armadas.
A decisão tomada pelo órgão especial do TJ, composto pelos 25 mais antigos desembargadores, foi unânime. O Ministério Público de São Paulo também foi favorável à soltura dos acusados, pois ambos têm bons antecedentes.
Os desembargadores, no entanto, consideraram que a prisão em flagrante dos acusados foi "formalmente legal". Segundo o procurador-geral de Justiça, Luiz Antonio Marrey, a decisão do TJ foi justa, pois o flagrante foi regular. "O tratamento dele (Igor) foi igual ao dado a qualquer um."
A defesa de Igor alega que Igor foi preso irregularmente.
As prisões aconteceram após a Justiça conceder à Procuradoria Geral de Justiça um mandado de busca e apreensão para que fossem procurados na casa de Eger duas pistolas, uma calibre 9 mm e outra 380 mm, que seriam de propriedade de seu irmão.
Igor está sendo investigado no inquérito sobre a morte de sua mulher, a advogada Patricia Aggio Longo, morta com dois tiros na cabeça no último dia 4, em Atibaia (65 km ao norte de SP).
Até às 18h10 de ontem, o alvará de soltura expedido pelo TJ não havia chegado ao Regimento de Cavalaria 9 de Julho, onde os irmãos estavam presos.
O procurador-geral de Justiça Luiz Antonio Marrey denunciou ontem o promotor e seu irmão sob a acusação de porte ilegal de arma.
A denúncia foi entregue ao presidente do Tribunal de Justiça, Dirceu de Mello. Caso o desembargador aceite a denúncia, o processo-crime contra o promotor e seu irmão será aberto.



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