|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Justiça dos EUA pode pedir morte
de brasileiro acusado de homicídio
ALESSANDRA BLANCO
de Nova York
O brasileiro Daniel Oliveira, 24,
deve enfrentar nos próximos quatro meses duas decisões que podem levá-lo à pena de morte.
Oliveira é acusado de ter assassinato dois homossexuais de quem
era amante em Nova York.
O primeiro crime teria ocorrido
em 12 de março de 1997. A vítima,
Angel Roman, 51, teve as mãos e
os pés amarrados, foi esfaqueado
duas vezes no peito e morto dentro de seu apartamento. Esse caso,
no entanto, só foi ligado a Oliveira
na última segunda-feira.
Antes, ele já havia sido preso,
acusado do assassinato de Roger
Brooks, 58, maître do Barbetta
Restaurant, em 30 de agosto de
1997. Brooks foi esfaqueado diversas vezes em seu apartamento.
Nos dois casos, as vítimas também foram roubadas. Segundo o
jornal "New York Post", os dois
homens tiveram seus cartões de
crédito roubados, que depois teriam sido usados por Oliveira para
comprar jóias e roupas.
Oliveira foi preso em 23 de setembro e, na última segunda-feira, alegou inocência perante a
Corte de Nova York.
Ainda segundo informações do
"New York Post", disse em seus
depoimentos que era sustentado
em Nova York por seus amantes,
trabalhando como "michê".
Os dois assassinatos são tratados
como casos diferentes. Para a acusação que envolve a morte de Roger Brooks, o procurador Robert
Morgenthau terá 45 dias para decidir se pedirá a pena de morte para Oliveira ou não. No caso de Angel Roman, os procuradores terão
120 dias para decidir sobre o pedido de pena de morte.
O Consulado do Brasil em Nova
York não tinha, até a tarde de ontem, nenhuma informação sobre a
família de Oliveira na cidade ou no
Rio de Janeiro. Seu advogado, Robert Reyes, foi procurado pela Folha e não retornou.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|