DA REPORTAGEM LOCAL

A temperatura mais alta deste inverno, 30°C, foi registrada ontem em São Paulo. A elevação da temperatura, que vem subindo desde o final da semana passada, veio acompanhada de uma piora na qualidade do ar.
A relação entre as altas temperaturas e o alto grau de concentração de poluentes se deu principalmente por causa de um fenômeno comum nesta época do ano, chamado "veranico", que traz massas de ar seco à metrópole.
A qualidade do ar é inadequada em algumas estações de medição da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) desde segunda-feira.
Das 23 estações medidas pela Cetesb na Grande São Paulo, seis registraram como inadequada a qualidade do ar (Parque Dom Pedro, Ibirapuera, São Caetano, Osasco, Mauá e Pinheiros), 14 registraram regular e nenhuma boa.
Segundo o gerente de qualidade da Cetesb, Cláudio Alonso, a piora da qualidade do ar se deve às condições climáticas adversas. Prakki Satyamurty, chefe de divisão de operações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), disse que o "veranico" é o responsável por essas condições.
"No veranico a umidade é muito baixa e as queimadas aumentam, fazendo com que a poeira e a fumaça piorem a qualidade do ar. Na madrugada acontece a inversão térmica, que piora ainda mais a qualidade do ar."
Ele informou ainda que o fenômeno é comum no período entre o final de julho e o final de agosto.
A Cetesb informou que a inversão térmica foi de 135 metros ontem e a umidade relativa foi de 18,4% (sendo que a confortável é acima de 30%). A companhia informou que ventou muito pouco. Nas últimas 24 horas, não ventou durante 44% do tempo. Quando ventou, não foi o suficiente para dispersar os poluentes.
Até domingo, segundo a meteorologia, as temperaturas devem permanecer altas, quando uma nova frente fria atinge a cidade.


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