da Agência Folha, em Recife

Os moradores de Caetés 3, em Abreu e Lima, dizem que "vivem com medo" devido à ação de criminosos na comunidade.
O bairro não tem delegacia distrital. O policiamento militar da área é realizado pelo batalhão da PM que tem sede em Paulista, município vizinho.
"Os bandidos enchem a cabeça de maconha e depois saem para perturbar aqui", disse José Tertuliano da Silva, 46, um dos habitantes do bairro.
Outro morador, Mário José dos Santos, 51, disse que as pessoas do lugar evitam sair à noite, temendo ataque dos marginais.
"Mas parece que nem isso adianta, porque esse estrago (o caso de sábado) aconteceu de tarde, veja só", disse ele.
O bairro é habitado por pessoas pobres, muitas sobrevivendo de biscates.
As polícias militar e civil informam que o bairro é violento. O delegado de Abreu e Lima, Josedite Ferreira, credita o fato a um suposto tráfico de maconha que existiria no local.
Segundo ele, existem pelo menos três "bocas de fumo" (pontos-de-venda de drogas) em Caetés 3, controlada por bandidos que viveriam nas proximidades.
"Eram sete "bocas', mas já acabamos com quatro. Estamos investigando para acabar com as outras três", afirmou o delegado.
Na opinião dele, os integrantes da gangue que atacaram o bairro no sábado estavam em busca de dinheiro para comprar droga.



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