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Começa julgamento de acusado
da chacina da Candelária, no RJ
free-lance para a Folha
O ex-policial militar Marcos Aurélio Dias de Alcântara, réu confesso da chacina da Candelária, na
madrugada de 23 julho de 1993,
começou a ser julgado ontem no
2º Tribunal do Júri do Rio. Ele é o
último dos sete acusados pela chacina a ser julgado.
O julgamento, que estava previsto para começar às 13h, foi iniciado com duas horas de atraso e tinha previsão para ser suspenso no
final de noite de ontem e recomeçar na manhã de hoje, quando deverá sair a sentença.
Alcântara, que está preso há dois
anos no Batalhão de Choque da
Polícia Militar, agora vai alegar
inocência para os jurados. Os seus
advogados, Alberto Silva dos Santos Louvera e Francisco Gadelha
da Silva, vão tentar provar que ele
não esteve no local da chacina, como havia declarado em depoimentos anteriores.
Acusado
O ex-PM é acusado de ter assassinado oito menores e de ter tentado matar outros seis. Se for condenado, poderá pegar mais de 200
anos de prisão.
A novidade do julgamento está
na ausência do sobrevivente da
chacina Wagner dos Santos, que
mora na Suíça há dois anos, protegido pela polícia. Santos testemunhou nos júris anteriores do caso.
A promotora Glória Márcia Percinoto disse que a ausência de
Wagner dos Santos não interferirá
no julgamento, já que o processo
tem depoimentos do sobrevivente
sobre a chacina.
Segundo ela, a prova mais contundente é a confissão anterior de
Alcântara. O ex-PM, entretanto,
não foi reconhecido por Santos.
Dos sete acusados da chacina, o
2º Tribunal do Júri já condenou
Marcus Vinícius Borges Emanuel
e Nelson Oliveira dos Santos Cunha, cada um julgado duas vezes.
Os outros acusados foram absolvidos.
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