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Oficiais da PM são convocados a
depor sobre convênio com Unip
da Reportagem Local
O Ministério Público requisitou
ontem que o comandante-geral da
PM, coronel Carlos Alberto de Camargo, e seu antecessor no cargo,
o coronel Claudionor Lisboa, sejam convocados a depor sobre a
ocupação de um terreno da PM
pela faculdade de veterinária da
Unip (Universidade Paulista).
A presença da Unip na área do
Barro Branco (zona norte de SP)
foi considerada irregular pela promotoria. Segundo a Secretaria de
Governo e Gestão Estratégica, ela
fere a Constituição estadual.
A requisição dos depoimentos
foi feita ontem pelo procurador de
Justiça, Luiz Roque Lombardo
Barbosa, do TJM (Tribunal de Justiça Militar). Para o procurador,
os depoimentos são necessários
para o esclarecimento dos fatos.
Camargo e Lisboa foram acusados de conivência com a ocupação
do terreno, o que, segundo manifestação do promotor Gilberto
Nonaka, significa que ambos cometeram o crime de prevaricação
(crime de quem deixa de cumprir
a lei por sentimento pessoal). Ambos negaram a acusação.
Barbosa enviou a requisição ao
presidente do TJM, conselheiro
Evanir Ferreira de Castilho, que
deverá fixar o prazo para que os
coronéis sejam ouvidos. Os depoimentos de Camargo e de Lisboa
deverão ocorrer na Secretaria da
Segurança Pública.
Unip e PM assinaram um convênio em 92, o que possibilitou a
ocupação do terreno. Em contrapartida, a PM receberia apoio didático e científico, bolsas de estudo e, com o fim do acordo, os prédios construídos. O convênio terminou em fevereiro de 97, mas a
faculdade permaneceu no terreno.
A PM tentou renovar o acordo. Segundo despacho do secretário da
Segurança Pública, José Afonso da
Silva, isso só será possível com a
desocupação do terreno, conforme pedido do parecer da secretaria de Governo.
(MARCELO GODOY)
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