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Depois de 12 dias, empresa de ônibus tem outro acidente
Eixo soltou e deixou duas pessoas levemente feridas; um ônibus da cooperativa já havia perdido um pneu, matando um homem
Problema ocorreu quase no mesmo local do anterior; caso foi registrado pela polícia como lesão corporal culposa (sem intenção)
Robson Ventura/Folha Imagem
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O eixo que se soltou, na zona sul de São Paulo; ao fundo, ônibus da Cooperauhton é rebocado
DO "AGORA"
Doze dias depois de uma roda se desprender de um ônibus
da Cooperauhton, matando
uma pessoa e ferindo seis, o eixo traseiro de outro coletivo da
empresa se soltou no mesmo
lugar, ferindo levemente duas
passageiras na manhã de ontem. Os acidentes aconteceram
na avenida Washington Luís,
sentido bairro-centro, na Chácara Flora (zona sul).
Apenas cem metros separam
os dois pontos, que ficam na alça de acesso à avenida Vereador
João de Luca. Por volta das 13h
de ontem, um terceiro carro da
empresa quebrou no mesmo
local e teve de ser guinchado.
Às 8h07 de ontem, o ônibus,
que fazia a linha 6726 (Jardim
Gaivotas/Ana Rosa) e foi fabricado em 2003, seguia lotado
quando o motorista desacelerou ao ver que o semáforo havia
ficado vermelho. À polícia ele
afirmou que, após ouvir um
"barulho", desceu do veículo e
percebeu que o eixo traseiro,
que suporta quatro rodas, havia
caído. Dentro do veículo, os
passageiros que estavam em pé
caíram uns sobre os outros.
Duas empregadas domésticas foram prensadas e ficaram
levemente feridas. Levadas ao
Hospital Regional Sul, elas foram medicadas e liberadas.
A morte de Gilmar Silva,
atingido pelo pneu, deu início a
uma investigação policial, mas
ainda não há dados conclusivos. No caso de ontem, foi registrado boletim de ocorrência
no mesmo DP por lesão corporal culposa (sem intenção).
A SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal)
afirmou, em nota, que dos 514
veículos operados pela Cooperauhton na capital, 166 foram
lacrados nos últimos dez dias.
Até ontem, 227 já haviam sido
avaliados.
Procurados diversas vezes
pela reportagem, representantes da Cooperauhton não quiseram se manifestar ontem.
(LÍVIA SAMPAIO)
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