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CET amplia radares em Pinheiros, nos Jardins e no Itaim
Novos aparelhos com sistema de leitura automática de placas funcionam desde agosto também no centro da cidade
Radares fiscalizam ônibus fretados, caminhões e carros; mais 35 serão instalados em São Paulo
nos próximos meses
JAMES CIMINO
DA REPORTAGEM LOCAL
O motorista paulistano deve
ficar mais atento ao circular
por regiões como Jardins, centro, Pinheiros e Itaim Bibi. Essas áreas ganharam 25 novos
radares com sistema LAP (leitura automática de placas).
O primeiro lote foi posto em
operação em 7 de agosto. O segundo passou a funcionar no
último dia 9. Nos próximos meses, serão instalados 35, totalizando 60 novos aparelhos.
Alguns deles, embora estejam esperando aferição do
Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) para começar a funcionar, já podem ser vistos pela cidade -como na rua da Consolação, próximo à esquina da rua
Dona Antonia de Queirós, no
centro; e na avenida Nove de
Julho, na esquina com a rua José Maria Lisboa, nos Jardins.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a instalação dos radares já
estava prevista em junho do
ano passado, quando se proibiu
a circulação de caminhões entre as 5h e as 21h em uma área
de 100 km2, pouco maior que o
centro expandido.
Na época, foi feita licitação
para os equipamentos. Só agora, devido à burocracia, entraram em operação. O custo total
foi de R$ 18,6 milhões.
Em julho deste ano, a administração Gilberto Kassab
(DEM) aprovou também a restrição de circulação de ônibus
fretados no centro expandido.
Os radares novos, segundo a
CET, também servirão para
ajudar a fiscalizar o cumprimento dessa norma.
Se o motorista comum pensa
que os radares servirão só para
caminhões e fretados, as autoridades de trânsito deixam claro que os aparelhos foram instalados para flagrar também
infrações como invasão de pista exclusiva para ônibus e desrespeito ao rodízio de carros.
A rua Estados Unidos, por
exemplo, ganhou dois radares,
um na esquina com a avenida
Nove de Julho e outro entre as
ruas Joaquim Eugênio de Lima
e Augusta.
Outros locais onde há grande
fluxo de cargas também foram
contemplados pela fiscalização, como as ruas José Paulino
e Ribeiro de Lima, no Bom Retiro (região central), famosas
por suas lojas de roupas.
Desses 25 novos radares, os
Jardins receberam o maior número: dez. O centro recebeu
mais oito; Pinheiros, seis; e o
Itaim Bibi, um. No total, São
Paulo tem 121 radares fixos.
Também foram feitas licitações para lombadas eletrônicas. Até agora, segundo a CET,
cem delas foram trocadas, 44
foram instaladas e nove serão
implantadas até o fim do ano.
Falta de sinalização
Embora os novos radares já
estejam operando desde agosto, muita gente ainda é pega de
surpresa, principalmente pela
ausência de sinalização.
É o caso da engenheira Maria
Angela Camargo. Abordada pela reportagem na esquina da
rua Henrique Schaumann com
a Teodoro Sampaio, dizia não
saber que a poucos metros dali
havia um radar. "Ainda bem
que você me avisou!"
A CET informa que, de acordo com o Conselho Nacional de
Trânsito, a sinalização só é
obrigatória em equipamentos
que fiscalizam velocidade.
A contadora Ana Carolina
Rodrigues, 26, se diz surpresa
com a quantidade de radares
novos. "Eu acho que o pessoal
da CET não quer mais trabalhar", afirma.
De fato, a CET afirma que,
com os novos radares, pretende
otimizar o trabalho e deslocar
os fiscais para outros pontos
críticos de tráfego.
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