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Filha pode ter mandado matar
ex-ministro do TSE, diz promotor
Segundo ele, assassino confesso diz que ela ordenou morte de casal
DE BRASÍLIA
O promotor Maurício Miranda, do Ministério Público
do Distrito Federal, apresentou ontem uma nova versão
para o assassinato do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) José Guilherme
Villela, da mulher dele, Maria Carvalho, e da empregada
Francisca da Silva.
De acordo com o promotor, a filha do casal, Adriana
Villela, foi apontada anteontem como mandante do crime por Leonardo Alves, ex-zelador do prédio onde a família morava. Em confissão
na semana passada, Alves
disse ter matado o casal e a
empregada, em companhia
de Paulo Cardoso, sem envolvimento de outras pessoas.
"Ele [Leonardo Alves] envolveu diretamente Adriana", afirmou o promotor, a
respeito da nova declaração.
O novo depoimento do ex-zelador ocorreu anteontem,
segundo Miranda. O promotor disse que não poderia dar
mais detalhes para garantir o
sigilo da investigação.
A Polícia Civil afirmou que
só o chefe da corporação, Pedro Cardoso, poderia se manifestar e que ele está viajando. A Folha tentou contato
com ele por celular, mas não
teve resposta.
OUTRO LADO
Já acusada formalmente,
Adriana disse ontem à Folha
que a polícia "está trabalhando criminosamente, distorcendo depoimentos, para fazer prevalecer à força uma
falsa hipótese".
Ela já ficou presa 17 dias
sob a acusação de tentar
atrapalhar as investigações.
"Fui acusada e presa injustamente", afirmou.
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