São Paulo, domingo, 26 de março de 2000


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Mortes no Brasil são numerosas

da Sucursal do Rio

No Brasil, 80% das crianças que nascem com problemas no coração morrem antes de um ano de idade, segundo o médico Miguel Barbero, 59, chefe do setor de cirurgia pediátrica do Incor (Instituto do Coração da Universidade de São Paulo).
As causas dessa mortalidade são atribuídas por ele e pelo cirurgião Miguel Meier à falta de uma maior estrutura hospitalar. Meier é chefe do serviço de cirurgia cardíaca da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e do setor de cirurgia cardíaca pediátrica do Hospital de Cardiologia de Laranjeiras.
Ambos avaliam que só existem hospitais públicos capacitados para cuidar dos casos graves em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre. Isso causa sobrecarga nas instituições e impossibilita o acesso da maioria dos doentes aos tratamentos mais complexos e caros.
O problema é agravado pela recusa de hospitais privados em atenderem pacientes pelo SUS (Sistema Unificado de Saúde) e pelo fato de a maioria dos convênios de saúde não cobrir casos de doenças congênitas.
O Incor realiza cerca de 700 cirurgias cardíacas em crianças por ano, segundo Barbero, e, no Rio, são feitas cerca de 400, avalia Meier. Os dois acreditam que no Brasil sejam realizadas menos de 10% das 15 mil cirurgias cardíacas pediátricas necessárias anualmente. No total, incluindo adultos, são realizadas por ano 25 mil cirurgias cardíacas no país.


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