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Mortes no
Brasil são
numerosas
da Sucursal do Rio
No Brasil, 80% das crianças que nascem com problemas no coração morrem antes de um ano de idade, segundo o médico Miguel Barbero, 59, chefe do setor de cirurgia pediátrica do Incor
(Instituto do Coração da
Universidade de São Paulo).
As causas dessa mortalidade são atribuídas por ele e
pelo cirurgião Miguel Meier
à falta de uma maior estrutura hospitalar. Meier é chefe
do serviço de cirurgia cardíaca da Uerj (Universidade
do Estado do Rio de Janeiro)
e do setor de cirurgia cardíaca pediátrica do Hospital de
Cardiologia de Laranjeiras.
Ambos avaliam que só
existem hospitais públicos
capacitados para cuidar dos
casos graves em São Paulo,
Rio, Belo Horizonte e Porto
Alegre. Isso causa sobrecarga nas instituições e impossibilita o acesso da maioria
dos doentes aos tratamentos
mais complexos e caros.
O problema é agravado
pela recusa de hospitais privados em atenderem pacientes pelo SUS (Sistema
Unificado de Saúde) e pelo
fato de a maioria dos convênios de saúde não cobrir casos de doenças congênitas.
O Incor realiza cerca de
700 cirurgias cardíacas em
crianças por ano, segundo
Barbero, e, no Rio, são feitas
cerca de 400, avalia Meier.
Os dois acreditam que no
Brasil sejam realizadas menos de 10% das 15 mil cirurgias cardíacas pediátricas
necessárias anualmente. No
total, incluindo adultos, são
realizadas por ano 25 mil cirurgias cardíacas no país.
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