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"Medidas minimizaram problemas"
DA REPORTAGEM LOCAL
Até novembro de 2003, a prefeitura instalou, na usina da Vila
Leopoldina, um sistema de controle de odores; construiu um galpão de rejeitos; cobriu as baias onde fica o lixo reciclável; fechou as
laterais do galpão onde é guardado o pré-composto e do pátio da
recepção; e implantou a coleta e o
tratamento do material que sobra
no processo de compostagem.
"O projeto de melhorias na usina tem sido avaliado pelos técnicos que lá trabalham e por meio
de questionários, que são aplicados de forma obrigatória aos visitantes da unidade. Eles demonstram que o sistema de controle
tem contribuído de maneira positiva na mitigação dos impactos
relativos ao odor", diz o diretor do
Limpurb, Fabio Pierdomenico.
Caso a usina tenha mesmo de
ser fechada, Pierdomenico prevê
um possível "colapso operacional
no sistema". "Os resíduos, se não
forem levados para a unidade de
Leopoldina, terão de ser destinados ao aterro Bandeirantes, que,
sabidamente, está em fase de saturação. Isso pode gerar um aumento no custo dos serviços de
coleta, transporte, tratamento e
destino final", sustenta o diretor.
Segundo ele, não há alternativa
à usina porque ela é "um equipamento essencial no atual sistema
de limpeza urbana". "Tanto que a
prefeitura pretende instalar duas
novas usinas de compostagem
pela proposta da concessão [dos
serviços de limpeza pública, que
deve começar em abril]", diz.
O edital da concorrência prevê
que, já nos três primeiros anos de
contrato, as novas usinas estejam
funcionando e transformando,
cada uma, mil toneladas de lixo
em adubo por dia. A meta é, por
meio da compostagem, reduzir
em 20% o volume de resíduos que
é destinado aos aterros.
Por tudo isso, caso a Cetesb peça o encerramento da Vila Leopoldina, a prefeitura irá recorrer
na Justiça, afirma Pierdomenico.
A prefeitura não quer comentar, porém, a pesquisa de percepção da Cetesb nem a recomendação de fechamento feita pela
agência de Pinheiros por não ter
tido acesso ao estudo nem ter sido
informada de nenhuma decisão
do órgão ambiental estadual.
A operação da usina de compostagem da Vila Leopoldina é
feita pela Vega, que recebe em
média cerca de R$ 800 mil pelo
trabalho. O contrato tem duração
prevista até novembro de 2005,
com possibilidade de prorrogação até maio de 2006.
(MV)
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