São Paulo, sexta-feira, 26 de março de 2004

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"Medidas minimizaram problemas"

DA REPORTAGEM LOCAL

Até novembro de 2003, a prefeitura instalou, na usina da Vila Leopoldina, um sistema de controle de odores; construiu um galpão de rejeitos; cobriu as baias onde fica o lixo reciclável; fechou as laterais do galpão onde é guardado o pré-composto e do pátio da recepção; e implantou a coleta e o tratamento do material que sobra no processo de compostagem.
"O projeto de melhorias na usina tem sido avaliado pelos técnicos que lá trabalham e por meio de questionários, que são aplicados de forma obrigatória aos visitantes da unidade. Eles demonstram que o sistema de controle tem contribuído de maneira positiva na mitigação dos impactos relativos ao odor", diz o diretor do Limpurb, Fabio Pierdomenico.
Caso a usina tenha mesmo de ser fechada, Pierdomenico prevê um possível "colapso operacional no sistema". "Os resíduos, se não forem levados para a unidade de Leopoldina, terão de ser destinados ao aterro Bandeirantes, que, sabidamente, está em fase de saturação. Isso pode gerar um aumento no custo dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destino final", sustenta o diretor.
Segundo ele, não há alternativa à usina porque ela é "um equipamento essencial no atual sistema de limpeza urbana". "Tanto que a prefeitura pretende instalar duas novas usinas de compostagem pela proposta da concessão [dos serviços de limpeza pública, que deve começar em abril]", diz.
O edital da concorrência prevê que, já nos três primeiros anos de contrato, as novas usinas estejam funcionando e transformando, cada uma, mil toneladas de lixo em adubo por dia. A meta é, por meio da compostagem, reduzir em 20% o volume de resíduos que é destinado aos aterros.
Por tudo isso, caso a Cetesb peça o encerramento da Vila Leopoldina, a prefeitura irá recorrer na Justiça, afirma Pierdomenico.
A prefeitura não quer comentar, porém, a pesquisa de percepção da Cetesb nem a recomendação de fechamento feita pela agência de Pinheiros por não ter tido acesso ao estudo nem ter sido informada de nenhuma decisão do órgão ambiental estadual.
A operação da usina de compostagem da Vila Leopoldina é feita pela Vega, que recebe em média cerca de R$ 800 mil pelo trabalho. O contrato tem duração prevista até novembro de 2005, com possibilidade de prorrogação até maio de 2006. (MV)


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