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Pré-composto é contra-indicado
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma tonelada do pré-composto da Vila Leopoldina sai por R$
1,50 (frente a até R$ 600 do adubo
químico e R$ 150 do composto orgânico). Mesmo assim, ele está
longe de ser sucesso de vendas.
Isso se deve, em grande parte,
ao fato de que tanto o Sindicato
Rural de Mogi das Cruzes como a
Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) da cidade
-onde está uma fração considerável dos agricultores do cinturão
verde de São Paulo- não recomendarem o uso do material.
O motivo: apesar de não ser tóxico, o produto peca em qualidade e, por conter restos de entulho,
seu manuseio torna-se perigoso.
A conclusão: os danos são maiores que o benefício do baixo custo.
Os defeitos se agregam à necessidade de os agricultores terminarem o processo de cura (transformação do lixo em adubo), já que o
material da Vila Leopoldina é um
pré-composto. A instalação do espaço para isso exige dinheiro e
um conhecimento de que nem todos dispõem -apesar de o Limpurb dar folhetos explicativos.
As saídas apontadas pelas entidades são duas: reduzir o diâmetro dos furos da peneira, o que
evitaria encontrar madeira, vidro
e metais no produto, e implantar
a coleta seletiva, para deixar o lixo
orgânico mais puro. A primeira
sugestão será providenciada, segundo o Limpurb; a segunda,
apesar de já estar em prática, ainda não surtiu efeito: cerca de 50%
do que chega à usina não é orgânico e vai para os aterros.
(MV)
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