São Paulo, sexta-feira, 26 de março de 2004

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Pré-composto é contra-indicado

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma tonelada do pré-composto da Vila Leopoldina sai por R$ 1,50 (frente a até R$ 600 do adubo químico e R$ 150 do composto orgânico). Mesmo assim, ele está longe de ser sucesso de vendas.
Isso se deve, em grande parte, ao fato de que tanto o Sindicato Rural de Mogi das Cruzes como a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) da cidade -onde está uma fração considerável dos agricultores do cinturão verde de São Paulo- não recomendarem o uso do material.
O motivo: apesar de não ser tóxico, o produto peca em qualidade e, por conter restos de entulho, seu manuseio torna-se perigoso. A conclusão: os danos são maiores que o benefício do baixo custo.
Os defeitos se agregam à necessidade de os agricultores terminarem o processo de cura (transformação do lixo em adubo), já que o material da Vila Leopoldina é um pré-composto. A instalação do espaço para isso exige dinheiro e um conhecimento de que nem todos dispõem -apesar de o Limpurb dar folhetos explicativos.
As saídas apontadas pelas entidades são duas: reduzir o diâmetro dos furos da peneira, o que evitaria encontrar madeira, vidro e metais no produto, e implantar a coleta seletiva, para deixar o lixo orgânico mais puro. A primeira sugestão será providenciada, segundo o Limpurb; a segunda, apesar de já estar em prática, ainda não surtiu efeito: cerca de 50% do que chega à usina não é orgânico e vai para os aterros. (MV)


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