São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 2008

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"Fiquei 2 dias com a roupa do corpo", diz aluna

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

André São Pedro comungou na Sexta-Feira Santa. A igreja, contudo, era dentro da prisão Cloverhill, em Dublin. Os fiéis ao seu lado eram irlandeses presos por assassinato, tráfico e outros crimes.
"Estávamos expostos ao humor dos presos, e eles tentavam arrumar briga o tempo todo", contou por telefone, do apartamento que divide com a amiga Maria Dias em Portugal.
Maria e Thaís Tibiriçá, que mora na Espanha, não tinham idéia de onde André estava naquela sexta-feira. Nas 48 horas que passou preso, André não teve direito, segundo ele, a nenhuma ligação telefônica. Ao pedir por um telefonema, ele ouvia do responsável pela prisão, segundo seu relato: "Isso aqui não é imigração, é prisão".
As amigas estavam na cadeia Dochás Centre, a cerca de 11 km dali. Na entrada, dizem, tiraram toda a roupa para a revista de praxe. "Fiquei dois dias com a roupa do corpo. Tive de tomar banho de chinelo, porque o banheiro era intragável", relata Maria.
Maria e Thaís só conseguiram telefonar cerca de 24 horas depois de presas. Ligaram para os pais no Brasil. Eles avisaram a embaixada, que interveio para liberar os estudantes.


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