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Servidores das federais marcam greve para a próxima segunda
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Funcionários das universidades federais marcaram para
segunda-feira o início de uma
greve geral por tempo indeterminado, em todo o país, por
reajuste de salários. O piso salarial da categoria, com 150 mil
servidores, é de R$ 763.
Até o início da noite de ontem, segundo a Fasubra (Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades
Brasileiras), já haviam aprovado a paralisação 23 das 52 instituições federais do país. As demais farão assembléias ao longo da próxima semana.
Entre as universidades que já
decidiram aderir à greve, de
acordo com a Fasubra, estão as
federais de Minas Gerais, Brasília, Pernambuco, Ceará, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e
Uberlândia (MG).
A pauta de reivindicações enviada ao governo tem como eixo principal a equiparação dos
salários dos servidores aos pagos às mesmas categorias por
outros órgãos da União, aumento do vale-alimentação,
hoje de R$ 126, e o pagamento
do auxílio-doença.
Os servidores também querem a derrubada do PLP 01/
2007, projeto do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
que prevê que até 2016 todas as
despesas da União com pessoal
e encargos poderão aumentar,
no máximo, a correção da inflação mais 1,5% ao ano.
Na quarta-feira, o ministro
Fernando Haddad (Educação)
recebeu a entidade para ouvir
as reivindicações, mas ainda
não respondeu se elas serão
atendidas pelo governo.
Também estava na reunião
Sérgio Arbulu Mendonça, secretário da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério
do Planejamento.
A coordenadora-geral da Fasubra, Léia de Souza Oliveira,
disse que o ministro demonstrou ""boa vontade" em ouvir os
servidores, mas não apresentou uma proposta concreta.
""Queremos um cronograma
com começo, meio e fim. E que
seja um cronograma factível, se
possível até 2010, quando acaba o governo Lula", disse Léia.
Procurado ontem, o Ministério da Educação afirmou que
não vai se pronunciar sobre a
ameaça de greve nem sobre as
reivindicações de funcionários.
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