São Paulo, sábado, 26 de maio de 2007

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Servidores das federais marcam greve para a próxima segunda

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários das universidades federais marcaram para segunda-feira o início de uma greve geral por tempo indeterminado, em todo o país, por reajuste de salários. O piso salarial da categoria, com 150 mil servidores, é de R$ 763.
Até o início da noite de ontem, segundo a Fasubra (Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras), já haviam aprovado a paralisação 23 das 52 instituições federais do país. As demais farão assembléias ao longo da próxima semana.
Entre as universidades que já decidiram aderir à greve, de acordo com a Fasubra, estão as federais de Minas Gerais, Brasília, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Uberlândia (MG).
A pauta de reivindicações enviada ao governo tem como eixo principal a equiparação dos salários dos servidores aos pagos às mesmas categorias por outros órgãos da União, aumento do vale-alimentação, hoje de R$ 126, e o pagamento do auxílio-doença.
Os servidores também querem a derrubada do PLP 01/ 2007, projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que prevê que até 2016 todas as despesas da União com pessoal e encargos poderão aumentar, no máximo, a correção da inflação mais 1,5% ao ano.
Na quarta-feira, o ministro Fernando Haddad (Educação) recebeu a entidade para ouvir as reivindicações, mas ainda não respondeu se elas serão atendidas pelo governo.
Também estava na reunião Sérgio Arbulu Mendonça, secretário da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.
A coordenadora-geral da Fasubra, Léia de Souza Oliveira, disse que o ministro demonstrou ""boa vontade" em ouvir os servidores, mas não apresentou uma proposta concreta.
""Queremos um cronograma com começo, meio e fim. E que seja um cronograma factível, se possível até 2010, quando acaba o governo Lula", disse Léia.
Procurado ontem, o Ministério da Educação afirmou que não vai se pronunciar sobre a ameaça de greve nem sobre as reivindicações de funcionários.


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