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Cerca de 100 alunos invadem prédio da Unesp em Rio Claro
DA AGÊNCIA FOLHA
A greve que atinge a USP
continua a motivar paralisações e manifestações nas outras universidades paulistas.
Na Unicamp, subiu de cinco
para oito o número de institutos atingidos parcial ou totalmente pela greve de funcionários e professores -são 20 institutos ao todo.
Em Rio Claro, cerca de cem
estudantes invadiram na noite
de quinta-feira um prédio de
salas de aulas da Unesp.
Os estudantes protestam
contra os decretos do governo
José Serra (PSDB) que segundo
eles, afetam a autonomia universitária e contra a possível intervenção da Polícia Militar na
reitoria da USP, invadida por
estudantes e servidores.
O prédio invadido, que tem
oito salas, pertence ao Instituto
de Geociências e Ciências Exatas da universidade. Os alunos
levaram colchões e mantimentos e passaram a noite de quinta para ontem no local. Líderes
do movimento dizem que pretendem permanecer no edifício
ao menos até quarta-feira.
Na Unesp, a adesão à greve
ainda é pequena. Professores e
funcionários estão promovendo assembléias para decidir se
participam da mobilização. A
assessoria da universidade confirmou ontem a paralisação de
professores em apenas uma das
faculdades na unidade de Araraquara e de parte dos funcionários nas faculdades de Bauru.
Unicamp
Funcionários ligados ao STU
(Sindicato dos Trabalhadores
da Unicamp) rejeitaram ontem
a proposta do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) de reajuste salarial de 3,37%. A assembléia dos professores será
na terça-feira.
Dos oito institutos atingidos
pela greve, três estavam com
100% das atividades suspensas
ontem (Instituto de Estudos da
Linguagem, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e Faculdade de Educação). No Instituto de Artes, a paralisação
era de 90%. Já na Faculdade de
Educação Física, Instituto de
Geociências, Instituto de Química e Instituto de Matemática, a adesão ao movimento variava entre 15% e 80% dos funcionários e professores.
(FÁBIO AMATO E FELIPE BÄCHTOLD)
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