São Paulo, terça-feira, 26 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Velejador, empresário morto no acidente vivia entre o céu e o mar

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O ar e o mar sempre foram marcantes na vida do financista, empresário e velejador Roger Ian Wright, morto num acidente aéreo na última sexta-feira em Trancoso, na Bahia. Ele faria ontem 57 anos.
Nascido na Inglaterra, de mãe brasileira, Wright era naturalizado e vivia no Brasil desde criança. Nem chegou a conhecer o pai, morto quando ele tinha seis meses.
Antes de construir carreira no mercado de capitais, estudou na Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, onde se formou em ciências.
De tanto viajar a negócios pelas empresas que presidiu, como a Adubos Trevos, e pelos bancos dos quais foi consultor, Roger Ian Wright não tinha medo de avião.
Curiosamente, sua primeira mulher, Bárbara, havia morrido na queda do Fokker-100 da TAM, em 1996. Dois anos atrás, perdeu a secretária Simone Wetrupp no acidente com um Airbus da mesma empresa, também em Congonhas.
Como não sobraram descendentes -todos mortos no acidente-, a herança deve ser partilhada entre a mãe, Elen, que mora na Suíça, e o meio-irmão, Christopher, filho do segundo casamento dela.
Segundo o iatista Lars Grael, Wright assistiu a várias Olimpíadas, "do começo ao fim", e era entusiasta da candidatura do Rio a sede em 2016 -apoiava o Comitê Olímpico Brasileiro na captação de recursos privados para a campanha.
No mar, foi campeão brasileiro nas classes A-Cat e Tornado, entre outros títulos. Todos os anos, organizava em Búzios a taça Barbara Wright, em homenagem à primeira mulher.
Com Grael, navegou na regata Santos-Rio e fez inúmeras viagens no mesmo avião que caiu na Bahia.


Texto Anterior: Motores de bimotor que caiu na Bahia serão analisados pela FAB
Próximo Texto: Passageiros ficam feridos após turbulência em voo da TAM
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.