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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Média salarial na companhia supera R$ 2.000

DA REPORTAGEM LOCAL

Os gastos do Metrô com salários levaram a um impasse entre o sindicato e a empresa nas últimas semanas para definir um reajuste à categoria.
O argumento da companhia é que o aumento de 18,13% pretendido pelos trabalhadores elevaria em R$ 98 milhões os gastos anuais -quebrando um equilíbrio primário entre receita e despesa, já que a folha de pagamento passaria a comprometer 81% da arrecadação (índice que hoje é de 68%).
A média salarial dos 8.000 funcionários do Metrô supera R$ 2.000 -duas vezes os pisos de motoristas e cobradores de ônibus. "Não é possível a população ficar refém de uma categoria que tem benefícios muitos superiores à média dos salários", chegou a dizer ontem o governador Geraldo Alckmin.
Esses salários, porém, são reflexo do perfil dos metroviários. O balanço social de 2001 do Metrô mostrava que, entre os 7.425 funcionários daquela época, 25% tinham ensino superior -e mais de 220 eram mestres ou doutores.
O próprio presidente da companhia, Luiz Carlos Frayze David, diz que esse é um dos motivos da qualidade do transporte. "Não queremos que eles sejam mal pagos. Mas não podemos fazer do Metrô aquilo que aconteceu com as estatais, que deram vantagem em cima de vantagem e quebraram."
Segundo Wagner Fajardo, diretor do sindicato dos metroviários, as distorções se devem à grande quantidade de cargos de confiança -segundo ele, são 130, que consomem 7% da folha de pagamento. David afirma que os maiores salários estão próximos de R$ 9.000.


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