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LEGISLATIVO
Líder do PT será corregedor da Câmara de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal escolheu
para comandar sua recém-criada
corregedoria o líder da bancada
do PT, José Laurindo, decisão que
levantou acusações de intervenção do Executivo no Legislativo.
Na própria bancada petista,
houve mal-estar. A vereadora Tita
Dias (PT) também almejava o
cargo e dividia seu partido, mas
foi convencida a desistir. Segundo
ela, que não votou em Laurindo e
se ausentou do plenário "em protesto", o vereador Arselino Tatto
disse que havia resistências a seu
nome fora do PT. O petista Carlos
Neder, que foi cotado mas não
quis o posto, foi outro que estava
presente e também não votou.
Laurindo foi eleito por 29 votos,
contra 16 do outro candidato, Roberto Tripoli (PSDB). O tucano
acusou o governo de ameaçar tirar postos de vereadores que não
votassem em Laurindo. "Assessores que cuidam dos cargos que os
vereadores têm na administração
de repente apareceram hoje
aqui", afirmou. A Folha apurou
que compareceu à Câmara o subprefeito de Santana e Tucuruvi,
Maurício Pacheco Chagas.
O líder do governo na Câmara,
João Antonio (PT), refutou a acusação e afirmou que a prefeitura
não tomou posição. Para Laurindo, a maior prova disso foi o fato
de o PL ter votado em Tripoli.
"Ninguém é mais identificado
com a bancada governista", disse.
Sobre suas primeiras ações,
Laurindo disse que ainda não há
indícios para um processo contra
a vereadora Myryam Athiê (PPS),
que é suspeita de receber dinheiro
para beneficiar uma viação de
ônibus. Ela nega as acusações.
A corregedoria foi aprovada em
maio, mas não prevê punições para problemas que ocorrem na Câmara, como o nepotismo.
O órgão terá mais seis integrantes, indicados pelos partidos: Milton Leite (PMDB), Wadih Mutran (PP), Toninho Paiva (PL), Celso Jatene (PTB), Claudete Alves (PT) e o próprio Tripoli.
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