|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Caminhoneiro diz temer polícia
DA AGÊNCIA FOLHA
Adenilson Felinto dos Santos,
34, motorista de caminhão, diz
que voltava para casa, no dia 27 de
março, uma quinta-feira, quando
foi parado em um posto da Polícia
Rodoviária Estadual na rodovia
Castello Branco, em São Paulo.
Os policiais teriam conferido os
documentos de Santos, do caminhão e da carga que transportava
e o liberaram, mas faltava um registro da mercadoria.
Ao perceberem o erro, dois policiais teriam ido atrás de Santos.
Um carro da polícia esperava o
caminhoneiro quando ele chegou
em casa e, segundo ele, um tiro foi
disparado em sua direção. Apavorado, não reagiu nem mesmo
fez perguntas quando os policiais
o prenderam sem nada alegar.
Ele disse que foi levado para um
local que não soube identificar.
Em uma sala, Santos teria sido espancado por mais de quatro horas. De acordo com o caminhoneiro, os policiais queriam que ele
confessasse que a carga que transportava era ilegal ou roubada.
O silêncio de Santos teria irritado um policial, que, à certa altura
do "interrogatório", teria dado
uma coronhada na cabeça do caminhoneiro. Santos diz que caiu
semiconsciente e sangrando e que
foi abandonado perto de casa.
Esse caso está sendo cuidado
pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos e deve virar acusação de tortura. A Ouvidoria da
PM informou que irá apurar a
ocorrência. As informações da
denúncia serão cruzadas com dados da própria ouvidoria.
Texto Anterior: Violência: Bahia e Minas lideram denúncias de tortura Próximo Texto: Para relator, Brasil ainda tem que fazer muito Índice
|