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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Caminhoneiro diz temer polícia

DA AGÊNCIA FOLHA

Adenilson Felinto dos Santos, 34, motorista de caminhão, diz que voltava para casa, no dia 27 de março, uma quinta-feira, quando foi parado em um posto da Polícia Rodoviária Estadual na rodovia Castello Branco, em São Paulo.
Os policiais teriam conferido os documentos de Santos, do caminhão e da carga que transportava e o liberaram, mas faltava um registro da mercadoria.
Ao perceberem o erro, dois policiais teriam ido atrás de Santos. Um carro da polícia esperava o caminhoneiro quando ele chegou em casa e, segundo ele, um tiro foi disparado em sua direção. Apavorado, não reagiu nem mesmo fez perguntas quando os policiais o prenderam sem nada alegar.
Ele disse que foi levado para um local que não soube identificar. Em uma sala, Santos teria sido espancado por mais de quatro horas. De acordo com o caminhoneiro, os policiais queriam que ele confessasse que a carga que transportava era ilegal ou roubada.
O silêncio de Santos teria irritado um policial, que, à certa altura do "interrogatório", teria dado uma coronhada na cabeça do caminhoneiro. Santos diz que caiu semiconsciente e sangrando e que foi abandonado perto de casa.
Esse caso está sendo cuidado pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos e deve virar acusação de tortura. A Ouvidoria da PM informou que irá apurar a ocorrência. As informações da denúncia serão cruzadas com dados da própria ouvidoria.


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