São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

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HABITAÇÃO

Prefeitura de SP não sabe quanto tempo moradores do viaduto Antártica, onde houve incêndio, ficarão em abrigo

Em albergue, desabrigado aguarda definição

DA REPORTAGEM LOCAL

Os antigos moradores do viaduto Antártica, que ficaram desabrigados após um incêndio na semana passada, estão alojados, desde sábado, no albergue 25 de Janeiro, na Luz (região central da cidade de São Paulo).
Um grupo de 62 moradores foi levado para o andar térreo do local, com capacidade para 250 pessoas. Eles estão dormindo em beliches, sem nenhuma divisória que lhes garanta o mínimo de privacidade. Recebem da prefeitura quatro refeições diárias.
Com a mudança, as crianças estão sem estudar. Segundo os pais, o abrigo é longe do local onde estudavam e, como não sabem quanto tempo ficarão no albergue, acham melhor aguardar.
A previsão inicial era que ficariam apenas um mês no local e seriam inscritas em um programa habitacional da prefeitura. Mas, de acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Evilásio Farias, o tempo que vão ficar ainda é indeterminado. "Pode ser por um mês, dois. Não sabemos ainda", afirmou.
Sobre a condição das famílias, Farias responde que está sendo feito o possível e que a prefeitura tinha somente essa alternativa para os moradores do Antártica.
Os desabrigados só foram parar no albergue da Luz após uma via-crúcis para conseguir um abrigo.
Logo após o incêndio, 80 moradores do viaduto foram alojados em um antigo prédio da CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), em Santana (zona norte de São Paulo). O grupo não permaneceu no local, porque havia um grande vazamento de água no prédio e as instalações ainda eram inadequadas para receber tantas pessoas.


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