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Alckmin não aprova PM subordinada
DA FOLHA CAMPINAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou
ontem que não concorda com a
volta da subordinação da Polícia
Militar ao Exército, como propõe
o governo federal.
"O Estado não pode deixar de
ter um braço na segurança", disse
o governador. Alckmin declarou
ser favorável à subordinação
"apenas em situações de emergência".
"Não analisei a proposta em
profundidade, mas amanhã [hoje" estarei em Brasília para discutir a questão com o presidente",
disse, em Bragança Paulista (SP).
Alckmin afirmou também que
deve se reunir com entidades de
policiais civis e militares na semana que vem para discutir reajuste.
Os policiais pedem 41,04%, mas
o governador já anunciou aumento de 6% a 10%. Ele disse que
aceita estudar alternativas, desde
que "não implique transpor a Lei
de Responsabilidade Fiscal".
De acordo com o presidente da
Associação Nacional de Cabos e
Soldados, Wilson Morais, a possibilidade do retorno da subordinação das PMs não vai cessar as greves. "Não evita a greve nem resolve os problemas estruturais," disse Morais.
Segundo o cabo, o Código Penal
Militar, a Constituição e o estatuto
da PM já punem com rigor o policial grevista. Mas, mesmo assim,
as greves estão ocorrendo. "Esse
anúncio não passa de uma intimidação", disse o cabo.
Para entidades de PMs de São
Paulo, a volta da subordinação ao
Exército é um "retrocesso".
"O Exército foi feito para proteger o país contra inimigos externos", afirmou o coronel Hermes
Cruz, vice-presidente da Associação de Oficiais da Reserva da PM
de São Paulo.
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